Paulo Ferreira, presidente da Federação, faz um "balanço excelente" da intensa atividade das últimas semanas e aponta já a 2020, ano em que o nosso país quer manter a realização das seis provas de nível europeu e mundial. E tem um trunfo a favor...
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"Este é mesmo o ano da motonáutica" regozija-se Paulo Ferreira, o presidente da Federação Portuguesa de Motonáutica, quando instado a pronunciar-se sobre as últimas semanas de intensa atividade internacional. "O balanço é excelente e não podia ser melhor. Estas duas semanas no Algarve foram antecedidas de uma outra, também deveras positiva, em Penafiel, com a realização do Europeu. Foram mais de 100 pilotos de 20 países e esgotámos as unidades hoteleiras". Logo a seguir, continua Paulo Ferreira, os aquabike instalaram-se em Portimão, "com um Campeonato do Mundo que há mais de 20 anos não se realizava em Portugal, voltando a encher hotéis e com assistências na ordem das 15/20 mil pessoas", um espetáculo que teve ponto alto "numa fantástica sessão noturna, inédita no nosso país".
Depois, os barcos da F.1 "fecharam com chave de ouro", estimando-se em quase 40 mil as pessoas que encheram, no domingo, as margens do rio Arade.
"São dados da PSP, sinal de que o público aderiu em massa. E acrescento que pouquíssimos estádios de futebol têm 40 mil nas bancadas", argumenta Paulo Ferreira. "Nunca vi tanta gente na F.1 e já estive em Abu Dhabi, na China e em França", garante, enfatizando ainda a "máxima segurança e zero acidentes, com as máquinas no limite e, ao mesmo tempo, sem riscos", um registo em que divide os elogios com a Câmara de Portimão, o promotor (Nicolo Germano) e a UIM (União Internacional de Motonáutica).
Há um ano no cargo, Paulo Ferreira reconhece que foram dados "passos gigantes", quando, no Líbano, na assembleia geral, "assumi a realização de seis provas internacionais". Hoje, não se arrepende de nada. "Fiquei contente, mas também preocupado. Já fizemos quatro provas e faltam duas, até ao final do ano", que são os Europeus de Endurance, em Portimão, e de F.2, em Baião, "igualmente um local idílico, na zona do Douro, onde todos vibram".
Todos estes eventos aumentam a responsabilidade da federação, e, por isso mesmo, Paulo Ferreira já pensa na assembleia geral da UIM deste ano, em outubro, na China, para discutir o calendário para 2020.
"Vamos procurar manter a realização destas provas, definindo estratégias, mas o rumo está traçado. Não é nada fácil garantir as seis corridas, já que serão perto de 50 federações presentes e apenas 15 a 20 provas para atribuir", explica o dirigente, decidido a apresentar argumentos que convençam a entidade máxima da motonáutica. Para já, tem trunfos a favor, uma vez que as provas em solo português têm merecido dos júris os "melhores relatórios a nível mundial". Acresce que "os pilotos se sentem confiantes por competir em Portugal e gostam das nossas organizações", na sequência da montagem de uma máquina onde tudo tem de estar bem definido e cuja logística engloba reuniões com a Proteção Civil, Bombeiros e Marinha.
A concluir, Paulo Ferreira lembra que toda esta atividade tem ainda uma forte componente nacional, onde, para além das inúmeras provas do calendário, se destacam participações no estrangeiro, como, por exemplo, a já próxima Fórmula Futuro, na Rússia, destinada à formação.