
Garrido Pereira (Créditos: André Rolo)
Diretores da ginástica, andebol, voleibol, futsal e futebol feminino alertaram para uma situação “grave”, que coloca em risco o funcionamento estrutural
Os diretores das secções de ginástica, andebol, voleibol, futsal e futebol feminino do Boavista exigem do presidente Garrido Pereira, eleito em janeiro, a regularização imediata dos salários e subvenções dos treinadores, staff e atletas, em falta há mais de dois meses. Cinco dirigentes subscrevem uma tomada de posição que consideram fundamental para a resolução de uma “situação alarmante que coloca em risco a própria existência das modalidades e compromete gravemente o funcionamento estrutural da instituição”, lê-se num documento interno que acabou por vir a público.
Face à “continuada inação e a ausência de respostas concretas” aos problemas que colocam em risco a prática das modalidades, os signatários desta comunicação avisam que “ver-se-ão obrigados a suspender por tempo indeterminado a estrutura dirigente das respetivas modalidades, num prazo de 72 horas”. Em causa estão vencimentos por pagar de dezembro e janeiro, estando o salário de fevereiro em vias de ficar igualmente em atraso. Os problemas financeiros têm sido uma constante nos últimos anos, sendo que os valores em atraso não se reportam apenas ao tempo vigente da atual Direção, que tomou posse recentemente.
O incumprimento salarial afeta igualmente os funcionários do clube axadrezado, que ameaçam paralisar funções caso não recebam, pelo menos, um dos três meses de vencimentos em atraso. Cenário que colocará em causa a abertura das instalações, incluindo o Estádio do Bessa, não estando, contudo, em perigo a realização do jogo Boavista-Santa Clara, amanhã, às 15h30.
As circunstâncias denunciadas “são de tal modo graves, que já levaram diversas modalidades a emitir ultimatos isolados, que foram completamente ignorados pela Direção”, vincam, criticando a gestão de Garrido Pereira por não cumprir promessas, acusando-a de “ausência de comunicação concertada” entre os departamentos e de “inexistência de um plano estratégico para o desenvolvimento das modalidades”. Nesta tomada de posição, os responsáveis das modalidades deixam clara a “perda de confiança” na Direção, à qual exigem que “apresente o projeto desportivo/financeiro das modalidades do qual fez campanha, no espaço de um mês”.
Garrido Pereira, segundo o seu assessor Nuno Almeida, pronunciar-se-á sobre a situação em comunicado.
