Com 38 atletas em 92 (19 cada), os dois emblemas de Lisboa têm uma representação quase igual à do Rio"2016, que tivera 20 atletas nacionais dos leões e os mesmos 19 nas águias. No entanto, há diferenças
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Não é só no número de 92 atletas que a Missão portuguesa que hoje estará na Abertura dos Jogos de Tóquio se equipara à que esteve presente no Rio de Janeiro em 2016, pois, tal como há cinco anos, Sporting e Benfica voltam a dominar o contingente luso, com 38 atletas nacionais, 19 para cada lado, o que resulta numa representação de 41 por cento.
A percentagem não surpreende, pois desde 2008, quando as águias deram início ao projeto Benfica Olímpico, que os dois clubes são os que mais contratam atletas olímpicos, liderando destacados à frente do FC Porto (seis), que aparece na sequência da presença inédita da Seleção Nacional de andebol. Fora este trio, há sete clubes com dois atletas cada e 32 com um, mais dois individuais.
Se a prevalência dos dois grandes lisboetas se mantém, os dados deste ano têm contornos especiais. Contabilizando os estrangeiros, os leões vão ao Japão com 22 atletas - a terceira maior comitiva verde e branca de sempre, depois de Atlanta (23) e Rio (29) -, enquanto para os encarnados, com 24 nomes, se trata de um recorde. "Representa o crescimento da estrutura nos últimos 16/17 anos", disse Ana Oliveira à BTV, salientando que se trata de "uma comitiva muito forte".
Em relação aos últimos Jogos, a formação da Luz manteve os 19 atletas nacionais (e 20 no total), mas a variedade de modalidades aumentou (de quatro para sete) e houve um acréscimo de qualidade: a Telma Monteiro juntaram-se Fernando Pimenta e Rui Bragança e apareceu Pedro Pichardo.
No Sporting, a maior diferença entre as duas edições prende-se com número de estrangeiros (três agora, nove em 2016). As modalidades diminuíram de sete para cinco, na ausência de futebolistas, do atirador João Costa e da canoagem. Em contrapartida, os leões vão estar na estreia do surf, com Teresa Bonvalot. Aos principais nomes do projeto do clube, Patrícia Mamona e o bicampeão mundial Jorge Fonseca, junta-se este ano uma das maiores candidatas ao pódio no lançamento do peso, Auriol Dongmo.
FC Porto repete a meia dúzia
Como consequência do impulso que deu ao andebol nos últimos anos, o FC Porto estará representado nos Jogos por seis atletas, os mesmos que levou em 2016, mas pela Seleção de futebol. Se o número é igual, é porque entretanto André Gomes e Miguel Martins saíram para Melsungen (Alemanha) e Pick Szeged (Hungria), respetivamente, podendo ainda subir, caso Leonel Fernandes, de reserva na equipa de andebol, seja chamado a jogo. O mesmo acontece com Sporting, se o guarda-redes Manuel Gaspar render um colega por lesão.
Estrangeiros: três de Alvalade, cinco do lado da Luz
A preparar-se para atingir os 146 atletas olímpicos em Tóquio, o que espelha o longo historial nos Jogos, o Sporting vai estar também representado pelo trio estrangeiro Igor Mogne, Claudia Bobocea e o estreante Dorian Keletela (menos seis atletas do que no Rio"2016), enquanto o Benfica conta com cinco olímpicos estrangeiros (mais quatro). O brasileiro Luciano Silva seria o sexto, mas o lateral, que vai para a segunda época na Luz, ficou de fora das escolhas finais do selecionador de andebol, Marcus Tatá.