Miguel Oliveira vai deixar MotoGP: "Esta Yamaha torna tudo muito mais difícil"

Segundo os especialistas, o anúncio da saída de Miguel Oliveira do Mundial foi feito internamente na passada sexta-feira. Falta o oficial. Falcão não está autorizado a divulgar o que se passa, mas à Sport TV deixou esta frase esclarecedora: “O meu futuro não depende de um comunicado da Yamaha”. Tendo largado da 19.ª posição, rodou perto do top-10 e nas duas últimas voltas foi ultrapassado pelo japonês Ai Ogura, da Aprilia, devido a uma “saída larga na curva 5, em que ia muito rápido e errei na travagem”, explicou, após o melhor resultado de uma época em que falhou quatro GP, desistiu em três e concluiu ontem o sétimo.No rescaldo da estreia no circuito húngaro do Balaton Park, o almadense sentiu que “dentro do possível, fizemos um bom fim de semana e conquistar pontos ao domingo não é algo garantido para a Yamaha”.

A propósito da montada, foi taxativo. “Não se pode exigir a perfeição de uma moto, quando está longe de ser perfeita”, reclamou. Seguiu-se a abordagem ao futuro reforçando que a sua “felicidade ou plenitude na carreira desportiva não depende uma decisão da Yamaha”, lembrando de novo: “Sei que o meu valor é reconhecido por outras equipas”. “Qualquer piloto tem como objetivo o pódio e vencer a corrida, esse é o meu lugar, tendo potencial para fazê-lo, mas esta Yamaha torna tudo muito mais difícil”, assumindo que a “lesão no início do campeonato, foi outro problema”. Saindo do MotoGP, no qual tem o “privilégio de estar e onde somei cinco vitórias”, deixa claro: “Tenho bem definido o que vou fazer no futuro”.

Marc Márquez venceu o GP da Hungria, décimo triunfo do ano, ao cabo da 14.ª prova e o título de campeão pode ser festejado no Japão, na terceira das próximas corridas.