Com a contratação de Toprak Razgatlioglu por parte da Yamaha, Miguel Oliveira e Jack Miller podem ter o lugar em risco na Pramac na temporada de 2026 de MotoGP. O português tem contrato até ao final de 2026, o australiano fica sem vínculo no final desta época
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A Yamaha apresentou recentemente Toprak Razgatlioglu, campeão de Superbike, como reforço para a Pramac em 2026. A entrada do turco era esperada há semanas, sabendo-se também que entre Alex Rins, da equipa principal, Jack Miller ou Miguel Oliveira, um será dispensado no final da época. A pressão estava sobre o australiano, único que termina contrato, mas o piloto português também pode estar em risco.
Esta quinta-feira, em antevisão ao Grande Prémio de Mugello, Itália, o almadense falou à comunicação social sobre este tema. "A situação com o Toprak tornou-se pública e estou ciente da minha situação, mas ao mesmo tempo também estou ciente do meu valor como piloto, claro, e onde é o meu lugar, que é o MotoGP. Acho que agora, mais do que dizer-vos mais coisas sobre isto, é só ir para a pista, acelerar um pouco e ver como corre", disse, referindo que o que comentar publicamente não vai influenciar nada e que a decisão "agora é com a Yamaha".
Questionado se esperava esta situação quando assinou um contrato de dois anos, Miguel Oliveira disse: "O MotoGP é feito disto - é um mundo muito exigente e de alto rendimento. Tive uma lesão que não me permitiu ter um bom desempenho. Mas ou me agarro a isso ou vou para a pista e mostro e provo o meu valor. Escolhi a segunda opção. E não quero entrar em desculpas ou discutir se é justo ou não justo. Não quero ir por aí. Só vou para a pista e faço o meu trabalho."
Jack Miller também abordou o "tema quente": "É o maior número de telefones que tive à minha frente durante todo o ano - por isso... Acho que vocês querem saber alguma coisa! Infelizmente, não tenho nada para vos dizer. Passei uma boa semana em casa. Sinto que estou a fazer o melhor que posso. Obviamente que se pode sempre melhorar e estou aberto a todas as sugestões de qualquer pessoa, deles, de qualquer pessoa, para tentar melhorar como piloto, como papel na equipa. Sim, sinto-me bem, sinto-me melhor do que me sentia há 12 meses, isso é certo. Muito melhor. É bom ser competitivo, poder falar com os [diferentes] construtores e ser desejado - mas estou a gostar de estar onde estou. É muito, muito, muito bom estar na Pramac e eles deram-me esta oportunidade de me mostrar novamente. Estou grato e, independentemente do que acontecer, estou extremamente grato à Yamaha e à Pramac por esta oportunidade."
"Podia ir para a Superbike e ganhar mais dinheiro, mas o meu objetivo é... Não estou aqui por isso [o dinheiro], estou aqui para tentar correr com os melhores do mundo. E não estou a tirar nada [aos pilotos das World Superbikes] - estou a falar do melhor em geral, das motos mais caras, mais extremas e mais potentes que se podem pilotar, dos melhores travões, de tudo. É por isso que gosto de o fazer. Não estou a dizer que não gosto de Superbikes - eu adoro. Mas... vamos explorar as opções aqui primeiro, porque, como disse, não sinto que o meu tempo como piloto de MotoGP tenha terminado, ainda sinto que estou a melhorar com a idade", acrescentou Jack Miller.