Miguel Oliveira contra as Ducati: o calendário e pilotos do Mundial de MotoGP
Tendo uma Aprilia, português poderá ser dos poucos a fazer frente à equipa mais forte num ano de novidades.
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Quem vai ser campeão?, perguntou a organização do MotoGP a todos os pilotos, com uma resposta quase unânime: Pecco Bagnaia, o atual detentor do título.
Os pouco hesitantes disseram "uma Ducati", o que deixa uma ideia clara da mais-valia das Desmosedici italianas, que serão oito numa grelha de 22 pilotos.
Entre quem lhes pode fazer frente foi destacada a Aprilia, equipa que vai ter Miguel Oliveira como uma espécie de "joker". A partir de amanhã, com os treinos livres do Grande Prémio de Portugal, já se começará a perceber como está cada piloto, mas a época vai ter mais incógnitas do que as análises apressadas indicam, pois 2023 terá um total de 42 corridas...
Seguindo o que já se via nas Superbikes e na Fórmula 1, a organização do MotoGP criou as corridas sprint ao sábado, mas para todos os 21 Grandes Prémios e com algumas inovações: os treinos livres de sexta-feira já definem os primeiros dez apurados para a Qualificação 2, que será no sábado de manhã, antecedida pelo terceiro treino livre e pela Q1; à tarde (15h00, no caso de Portimão) realiza-se a corrida sprint, com metade da distância da principal e atribuindo metade dos pontos (de 12 ao vencedor, até 1 ponto ao nono); a corrida de domingo (14h00) terá a grelha definida pela qualificação.
O desgaste será imenso e os perigos de quedas vão aumentar, o que pode criar incertezas e anular o favoritismo atribuído ao atual número 1. "Sou eu, o Marc Márquez, o Fabio Quartararo e o Enea Bastianini", diz Bagnaia, alargando o lote de candidatos. Estando em Portugal, o italiano não esqueceu os elogios a Miguel Oliveira: "É um grande rival. Lutei com ele em 2018 pelo título de Moto2, foi difícil de bater. Tem uma pilotagem suave e precisa. Com a Aprilia, será um dos mais fortes este ano. Começamos em Portugal, a sua corrida, pelo que acredito que será muito competitivo".
Numa época sem Suzuki - menos dois pilotos - e com apenas um "rookie", Augusto Fernández, da GasGas-Tech3, haverá também novidades nas pistas: Índia e Cazaquistão são estreias absolutas, Portugal tem o privilégio de abrir a época devido às obras que adiaram o Catar para novembro.