Miguel Oliveira antes da corrida do Algarve: "Estou esfomeado por resultados"
Numa temporada de altos e baixos, que analisou numa entrevista à organização do MotoGP, o português da KTM sabe que o último pódio já vai distante, querendo quebrar o jejum na "sua" pista.
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Pela terceira vez no espaço de um ano, Miguel Oliveira tem a oportunidade de ser anfitrião de uma corrida do Mundial de MotoGP, mas pela primeira vez com o apoio do público nas bancadas, assumindo-se ambicioso para o Grande Prémio do Algarve do próximo fim de semana, a penúltima prova da temporada.
"Estou esfomeado por resultados, quero terminar a época bem. Correr em casa é especial, mas vai ser encarado como qualquer outro Grande Prémio, com a mesma ambição, vontade e fome", disse, em entrevista ao próprio MotoGP, o português da KTM, que vai ser tratado como herói ao longo da semana.
Já amanhã, quarta-feira, os fãs do piloto almadense estão a ser desafiados para o acompanhar na viagem de moto que fará até ao Autódromo Internacional do Algarve - Oliveira já tem a carta de condução -, com partida às 12h30 junto ao Cristo-Rei.
Pondo a atual temporada em perspetiva, o piloto da KTM considerou que "o início foi quase um desastre", com apenas nove pontos em cinco Grandes Prémios, elegendo Mugello (segundo lugar) como um ponto de viragem para uma fase de "quatro excelentes corridas consecutivas e três pódios". Além de Mugello, ganhou na Catalunha e foi segundo na Alemanha, entre 30 de maio e o fim de junho.
Após a pausa de verão, a queda em Spielberg, que lhe afetou o pulso direito, voltou a significar uma quebra de rendimento - "foi mais limitativo" que o esperado, admitiu -, só voltando a pontuar mais duas vezes (Aragão e Américas). "Nada estava lá, eu e a moto estávamos totalmente desconectados. Foi o ponto mais baixo da época e penso que terminou. Vamos ver", soltou Oliveira, expectante.
"Ser melhor em 2022"
Restando as corridas de Algarve e Valência, Miguel Oliveira quer "terminar a época bem", mas já fala de 2022. "Olho para a próxima época a pensar cometer o menor número de erros possível. Acho que sou dos melhores pilotos da grelha e estou ainda longe do meu potencial, que alcançarei mais cedo ou mais tarde. Tenho muito para dar. Quero ser melhor e corrigir os erros é um dos objetivos", diz.