ENTREVISTA >> Foi no gabinete do Dragão Arena que Miguel Coelho, treinador da equipa de voleibol feminino do FC Porto conversou com O JOGO, abrindo um lado emocional ao falar do FC Porto
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A proximidade com as outras modalidades agrada ao técnico do voleibol.
Qual é o momento dos jogos de que mais gosta?
-Assim que assinei, uma das preocupações que tive foi conhecer o universo FC Porto. Acho que não perdi um jogo em casa das diferentes modalidades. Era importante começar a perceber qual seria o ambiente fazendo parte dele. O momento de que sempre gostei mais, principalmente no estádio, foi o do hino. Quando fizemos o primeiro jogo em casa, já para o campeonato, também foi o momento que gostei mais.
Sabe explicar porquê?
-O melhor que nós podemos ter, ao representar clubes destes, é sentir a proximidade das pessoas, sentir a paixão que as pessoas têm pelo clube. Se não mexer connosco neste tipo de clubes, também é muito estranho, não é?...
Sendo assim, repito uma pergunta feita ao Miguel Queiroz [basquetebol], mas tendo ele 11 anos de casa. O Miguel, com cerca de quatro meses, também já sente o FC Porto?
-Sinto, sinto. Aliás, é impossível não sentir, até pelo ambiente que se vive aqui no Arena. Nós, as quatro modalidades juntas, torcemos constantemente uns pelos outros, sentimos a proximidade das pessoas que estão à nossa volta, que estão à volta da equipa em qualquer lado que vá. Agora, em qualquer lugar, as pessoas reconhecem-me e vêm falar. Gosto disso e da frase que sempre nos dizem: “É para ganhar!”.
Que encontrou no FC Porto?
-Ouvem-se sempre coisas dos outros clubes e o que chegava até mim era sobre um FC Porto que não apostava nas modalidades. O que encontrei foi precisamente o oposto. Encontrei um clube altamente organizado, altamente virado para a performance, um clube que entende muito bem o que as equipas precisam para elevar o nível e que proporciona essas coisas. Ou seja, não é dar por dar, é dar o que as equipas realmente precisam para subir os seus níveis.
Disse que ia ver outras modalidades. Aprende com elas para o voleibol?
-Aprendo um bocadinho, menos com o futebol, porque acabam por estar um pouco mais distantes. Aqui os gabinetes são lado a lado, os analistas de dados conversam uns com outros, os treinadores com os outros treinadores. E todos pescamos um bocadinho uns dos outros.