Miguel Albuquerque lembra dérbis sem punição: "Alguma coisa aqui não está bem"
O Sporting foi castigado com dois jogos à porta fechada e Miguel Albuquerque fala em "coisas estranhas"
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O Sporting foi castigado pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol com dois jogos à porta fechada, devido a incidentes ocorridos no quarto jogo da final do campeonato da época passada, a 13 de junho, frente ao Benfica. O clube já recorreu para o Tribunal Arbitral do Desporto e Miguel Albuquerque, diretor de modalidades do Sporting, lamentou "várias coisas estranhas" e "desigualdade de tratamentos". O jogo em causa teve de ser interrompido a 01:38 do fim, por problemas numa das bancadas, com alguns adeptos leoninos a atirar objetos para a quadra.
Miguel Albuquerque lembra outros dois dérbis com o Benfica que tiveram o mesmo delegado mas que não que não resultaram em qualquer punição. "Em fevereiro de 2015, na Luz, os adeptos da equipa da casa exibiram uma tarja alusiva ao momento mais negro do futebol português: very light 96. Além disso, os jogadores do Sporting foram agredidos com isqueiros e moedas. Em abril de 2017, os adeptos do Benfica imitaram o som do very light", explicou o dirigente, com uma conclusão: "Ou o relatório do delegado é muito incongruente ou a análise da federação é incongruente. Alguma coisa aqui não está bem."
O castigo diz respeito a um duelo com o Benfica em junho e o diretor de modalidades, além de não compreender o timing da decisão, apontou dois outros casos em dérbis que não mereceram punição
Por outro lado, Miguel Albuquerque criticou o timing da decisão, até porque "uma das prioridades da federação é a celeridade dos processos". "O jogo foi a 13 de junho de 2019, a federação demorou 24 horas a abrir processo disciplinar, o acórdão é de 27 de dezembro e o Sporting foi notificado no dia 30", apontou o responsável pelas modalidades. "Um jogo é com o Belenenses e o outro com o Benfica. Quero acreditar que tenha sido coincidência", concluiu.
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