Terceiro dia do MIAC – Maia International Acro Cup 2025, de novo a esgotar a lotação do Complexo Municipal de Ginástica da Maia, numa festa que extravasa a competição desportiva.
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O JOGO descobriu um participante especial. Jorge Mendez, 52 anos, treinador e fundador do Flic Flac, de Vigo, é já um homem da casa no MIAC. É, a par dos organizadores (e já nem todos), a única pessoa que marcou presença em todas as 19 edições do MIAC.
“Lembro-me muito bem da primeira, em 2007. Foi a única vez que conseguimos ganhar ao ACM, em pares mistos juvenis. Teve uns 70/80 ginastas em competição. Agora são mais de mil!”, começou por recordar Jorge Mendez. “Tem sido maravilhoso assistir à evolução desta competição. Aliás, sinto que o MIAC já faz parte de mim e vice-versa”.
Confrontado com o facto de o MIAC ser, provavelmente, a melhor prova de ginástica acrobática do Mundo, Jorge não tem dúvidas: “Provavelmente, não. È mesmo a melhor. Claro que há outras muito boas, mas o MIAC tem mais e melhores aspetos que toda a concorrência. Evoluiu muito bem e só dificultou o futuro. Porquê? Porque o presente já é tão bom que a partir daqui fica mais complicado. Podem fazer alguns ajustes, ligados até à digitalização, como incentivar a interatividade na transmissão por streaming, mas nada que mexa com a substância do que já é feito”, acrescentou.
Jorge Mendez, com formação em educação física, faz a apologia da ginástica acrobática: “Primeiro, é espetacular. Segundo, é uma modalidade que pode ser feita em qualquer lugar. O ACM, antes de ter instalações, começou no jardim público! Depois, para iniciação, não requer grandes ou quase nenhuns meios. É para diferentes idades e sexos”.
Quanto à competição, o destaque deste sábado dos seniores de elite vai para o trio feminino do Acro Clube da Maia (ACM), formado por Joana Pinto, Maria Arezes e Rita Costa que, à semelhança do que já havia acontecido na prova de Equilíbrio, voltaram a dominar a prova Dinâmica, com uma pontuação de 26.310, totalizando agora 53.500, liderando a classificação.
A diferença para o trio 2.º classificado, Teresa Silva, Joana Rodrigues e Kira Tanganho, da Associação Académica de Santarém, é de 2.180.
Em pares femininos, Beatriz Carneiro e Inês Faria, também do ACM, mantém o 1.º lugar após a prova Dinâmica, aumentando o fosso para a dupla neerlandesa Lyuna Marcelis e Sam van Lieshout, Stichting Flik-Flak para 2.940.
O MIAC’2025 tem o seu último de prova este domingo, reservado para as finais de todos os escalões.