Vender anéis da NBA para ajudar Ucrânia: "O exército russo bombardeou mais de 100 escolas"
Antigo jogador dos Atlanta Hawks e dos Los Angeles Lakers pretende angariar fundos para reconstruir estruturas desportivas em escolas na Ucrânia.
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Slav Medvedenko, antigo basquetebolista ucraniano que representou os Atlanta Hawks e os Los Angeles Lakers na carreira, vencendo dois títulos da Liga norte-americana (NBA), vai vender os respetivos anéis para angariar fundos com vista à reconstrução de estruturas desportivas em escolas na Ucrânia.
O valor dos dois anéis está estimado em cerca de 100 mil dólares, o que equivale a cerca de 97 mil euros.
"Queremos reconstruir os corredores porque o exército russo bombardeou mais de 100 escolas. O nosso país precisa de muito dinheiro para que consiga arranjar as escolas. Os pavilhões desportivos serão os últimos a ser arranjados. Na Ucrânia, durante o inverno, as crianças precisam de fazer exercício dentro de portas", explicou Medvedenko à Imprensa norte-americana.
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O antigo basquetebolista, de 43 anos, revelou que tomou a decisão de vender os dois anéis da NBA que detém, conquistados em 2001 e 2002, quando partilhou balneário com estrelas como Kobe Bryant e Shaquille O'Neal, numa noite em que olhou para o céu e reparou nos mísseis lançados pela Rússia.
"Nesse momento, eu simplesmente decidi: 'Para que é que preciso destes anéis se estão apenas no meu cofre?' Apercebi-me que podia morrer e pensei que teria que vendê-los como um sinal de liderança, para ajudar o meu povo a viver melhor e para ajudar as crianças", contou.
Medvedenko tem ajudado o exército ucraniano desde que o conflito armado com a Rússia começou, tendo sido visto a envergar uma AK-47 que, segundo o mesmo, já foi disparada, mas não na direção de pessoas.
"Defendemos o nosso bairro, fazemos pontos de controlo e patrulhas de serviço. Não sou o melhor soldado nem quem dispara melhor, mas consigo oferecer apoio. Já disparei algumas vezes, mas não na direção de pessoas. Estou aliviado por não ter tido que disparar contra alguém", admitiu.
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