Médico avisa, mas Mike Tyson está decidido: "Quero morrer como um gladiador no ringue"
Combate com Jake Paul é na sexta-feira dia 15 de novembro
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O médico Stephen Hughes desaconselhou Mike Tyson a competir contra Jake Paul na próxima sexta-feira, alertando para os riscos para a sua saúde devido ao passado de combates, a idade e o histórico de consumo de drogas. Contudo, o veterano pugilista não o leva a sério e está mesmo convencido em voltar ao ringue após quase duas décadas.
"Um pugilista pode recuperar facilmente de um knockout, mas em alguns casos as consequências são devastadoras. Existe o risco de desenvolver um hematoma subdural. Esta condição é causada pelo rompimento das veias de ligação entre o cérebro e os vasos sanguíneos nas meninges. A hemorragia destas veias rasgadas resulta numa acumulação de sangue que pressiona o cérebro, resultando em confusão, perda de consciência, perturbações neurológicas e, nalguns casos, até na morte. Nas pessoas mais velhas, o cérebro tende a perder volume. Este facto torna as veias mais propensas à rutura. Sabe-se que o alcoolismo acelera o encolhimento do cérebro. Tyson tem isto como um fator de risco do seu passado. Na meia-idade, aumenta a probabilidade de eventos cardíacos como arritmia, angina e enfarte do miocárdio. O exercício extremo pode levar à fibrose cardíaca, que, com o tempo, pode resultar em insuficiência cardíaca ou, por vezes, em morte súbita. E sabe-se que Tyson consumiu a droga no passado", afirmou Stephen Hughes.
Recentemente, Tyson tinha afirmado que queria "morrer como um gladiador no ringue". Os médicos designados para controlar os dois lutadores e o combate pretendem agora fazer exames exaustivos a Mike Tyson e discutir com ele o seu historial clínico.