A Haas despediu Mazepin, mas o piloto não concorda, pois diz que aceitou correr sob bandeira neutra, como a FIA determinou.
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Nikita Mazepin voltou a pronunciar-se sobre a saída da Fórmula 1, agora em declarações à imprensa, e disse estar desiludido com a Haas. O piloto russo foi despedido pela equipa norte-americana depois da invasão da Rússia à Ucrânia, mas garante que estava disposto a competir sob bandeira neutra, considerando que não havia razão para que fosse mandado embora.
"Não houve uma razão legal para a equipa terminar o contrato a partir do momento em que a FIA me deixava correr com a bandeira neutra. Eu aceitei correr como neutro, queria assinar uma carta a dizê-lo, mas não me deram tempo. Fiquei sem o sonho pelo qual lutei durante 18 anos da minha vida. O mundo não é o mesmo de há duas semanas, eu sei disso, os tempos são difíceis, tenho amigos em ambos os lados do conflito. Não quero falar disso, apenas no que aconteceu na semana passada, quando a FIA e o Conselho Mundial me disseram que podia competir com a bandeira neutra, aceitei-o incondicionalmente. A decisão da Haas de terminar o contrato unilateralmente não foi tomada por causa de sanções, por uma autoridade desportiva, por mim, pelo meu pai ou pela sua empresa. E eu não creio que isso seja bom", apontou o piloto, de 23 anos.
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Mazepin diz que recebeu apoio de alguns pilotos da Fórmula 1, casos de Sergio Pérez, Valtteri Bottas, Charles Leclerc e George Russell, mas que da Haas não houve a mesma atitude: "A equipa disse-me que se a FIA permitisse, não haveria problema, acreditei nas palavras do [Günther] Steiner, que respeitava como homem e chefe de equipa."
O piloto não descarta um regresso à Fórmula 1, mas só se for com outra equipa. "A F1 não é um capítulo passado. Continua preparado fisicamente. Mas não quero ir para onde não me querem, não quero voltar à Haas", disse.
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