Tetracampeão mundial de Fórmula 1 confirmou que chegou a ter conversações com Toto Wolff, diretor executivo da Mercedes, mas vincou a sua "lealdade" à Red Bull, mostrando-se decidido a cumprir um contrato válido até 2028
Corpo do artigo
Max Verstappen, tetracampeão mundial de Fórmula 1 pela Red Bull, confirmou esta quinta-feira que chegou a ter conversas com a Mercedes há alguns meses, numa altura em que a marca austríaca lidava com muita instabilidade interna, em função do escândalo em torno do diretor Christian Horner e da saída do conceituado engenheiro Adrian Newey para a Aston Martin.
Em declarações à Viaplay, o piloto neerlandês assumiu que foi abordado por Toto Wolff, chefe da Mercedes, que vai perder Lewis Hamilton para a Ferrari em 2025, mas vincou a sua “lealdade” para com a Red Bull, mostrando-se decidido a cumprir um contrato válido até 2028.
“Se olharmos para a Fórmula 1, não é muito habitual que alguém rescinda o seu contrato. Não é como no futebol, onde assinas por cinco anos e vais embora um ano depois, e essa não é realmente a intenção. Nunca sabes o que pode acontecer daqui a um ano ou dois, mas também não é algo que possas controlar, por isso não penso realmente muito nisso. Estou muito contente de estar onde estou, ganhámos outro campeonato e, claro, há que fazer melhorias no carro, mas creio que é algo muito lógico. Sinto-me bem com a equipa, posso ser eu mesmo”, apontou.
“Toda a gente trabalha a topo para me oferecer sempre o melhor material e, nesse sentido, não tenho nada pelo que me queixar. Mercedes? As equipas grandes são sempre interessantes, mas a realidade que eu também estou numa equipa grande. Consegui muitos êxitos com eles e sinto como se fossem uma segunda família”, enalteceu.
Com base nesse discurso, Verstappen, de 27 anos, que ganhou esta quarta-feira um “novo” parceiro na Red Bull após a saída de Sergio Pérez, reforçou a sua falta de preocupação com o futuro.
“Toto Wolff? Claro que falamos sempre entre nós e não vou mentir sobre o facto de que sentámos juntos. Tivemos conversações muito construtivas e creio que toda a gente tem sido sempre muito sincera e aberta com os demais. Mas, por outro lado, também sou muito leal à minha própria equipa, onde me sinto em casa. Na realidade, não há muito que conseguir neste momento. Ainda sou muito jovem e muitas coisas podem acontecer no futuro”, concluiu.