Max Verstappen fez mais história no Brasil, ao sair das boxes e acabar em terceiro

Max Verstappen só não conseguiu ultrapassar Kimi Antonelli, que fez o melhor resultado da carreira ao ser segundo
EPA/Sebastiao Moreira
Tetracampeão recuperou o mesmo número de lugares de há um ano, quando fora de 17.º a primeiro no Brasil. Ambos os registos fazem parte de listas restritas
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"Nunca pensei dizer isto, Max, mas saíste do pit lane e estás na liderança...", anunciou GianPiero Lambiase, engenheiro de corrida de Verstappen, a meio do Grande Prémio de São Paulo, recebendo como resposta um irónico "não está mal". O piloto da Red Bull passou pela dianteira, mas terminou na terceira posição, uma façanha para os registos, pois uma má qualificação (16.º) levara o tetracampeão a optar por mudar o motor do Red Bull e partir da linha das boxes (em 19.º), sofrendo um furo durante a confusão das primeiras voltas. Lando Norris pode ter garantido o título no Brasil, mas Verstappen foi a figura.
"Foi muita ação! Tive de fazer algumas ultrapassagens e nunca esperei chegar ao pódio. É um resultado incrível", comentou Verstappen, que nas últimas voltas chegou a terceiro ultrapassando o Mercedes de George Russell, tendo atacado sem êxito a segunda posição de Kimi Antonelli, jovem que obteve o melhor resultado da carreira.
"Foi tão sensacional como há um ano", recordou Laurent Mekies, responsável máximo da Red Bull, com razão. Em 2024, o Red Bull foi de 17.º até ao triunfo, a quarta maior recuperação de sempre até à vitória, só aquém de John Watson (de 22.º a 1.º, com um McLaren, nos EUA, 1983), Bill Vukovich (desde 19.º, em Indianápolis, 1954) e Rubens Barrichello (de 18.º, em Ferrari, na Alemanha, 2000). John Watson (Detroit, 1982) e Kimi Raikkonen (McLaren, Japão, 2005) também foram de 17.ºs à vitória.
Este ano, Verstappen subiu o mesmo número de lugares no Brasil, igualando agora os feitos de Lewis Hamilton em 2014 (Hungria) e Sebastian Vettel em 2012 (Abu Dhabi), que também foram das boxes a terceiro. Mas, curiosamente, teve uma recuperação semelhante à mais extraordinária de todas numa época de surpresas: em julho, o Kick-Sauber de Nico Hulkenberg subiu de 19.º da grelha à terceira posição em Silverstone, valendo ao alemão o primeiro pódio após 239 corridas!
