Mauricio Moreira, o vencedor anunciado: "De fora sei que pode parecer fácil..."
Apanhou a camisola amarela do Grande Prémio Jornal de Notícias-Leilosoc logo na Figueira da Foz e conduziu-a, com mestria e o apoio da equipa, até Vila Nova de Gaia. O uruguaio, de 27 anos, venceu as três últimas competições.
Corpo do artigo
"O segredo está em manter a forma e aproveitar isso mesmo. Quando terminei a Volta a Portugal descansei só um dia, que foi uma terça-feira, e voltei a pegar na bicicleta na quarta para manter o momento em que me encontrava".
"Gosto muito do GP JN; gostei do Douro, gostei do GP O JOGO. São provas bem mediáticas e em que se vive muito o ciclismo"
A explicação foi dada a O JOGO por Mauricio Moreira, pouco depois deste ter conquistado a 31.ª edição do Grande Prémio Jornal de Notícias-Leilosoc, prova em que andou de amarelo desde a Figueira da Foz até Vila Nova de Gaia e teve, no domingo, Tomas Contte a vencer a terceira etapa de um total de sete. "Terminámos a época da melhor forma, com grandes triunfos numa importante corrida. Estou muito feliz", disse o argentino.
Voltando a Mauri, recorde-se que havia ganho, de forma consecutiva, o Grande Prémio Anicolor e a Volta a Portugal, respetivamente. No ano passado, somou o Grande Prémio do Douro Internacional, com uma etapa, a Volta ao Alentejo, também com uma etapa, e levou uma outra tirada na Volta a Portugal em que foi segundo classificado.
"Desde criança que sou muito calmo. Gosto de sossego, estarem família. Para mim, isso é fundamental"
"De fora sei que pode parecer fácil, mas não é. Basta ver que num pelotão estão 130, 140, 150 ciclistas, todos querem ganhar e é difícil. Depende-se do coletivo, de ter uma equipa forte e a capacidade de rematar o trabalho que a equipa faz, algo que nem sempre é preciso", referiu o afável ciclista, natural de Salto, cidade do Uruguai, que está a cumprir a segunda temporada em Portugal. "Aqui o ciclismo é competitivo, como eu gosto, e muda muito os percursos das corridas. Se calhar, para quem sempre correu em Portugal, não nota, mas eu sinto isso. Cada corrida é um sítio novo", continuou, garantindo estar "muito contente" no nosso país, justificando: "Portugal é um país de gente amável e do qual gosto da cultura e tradições".
Apoiado pela namorada, Natali Erramouspe, Mauricio Moreira, de 27 anos, assegurou que a estabilidade familiar é fundamental. "Para qualquer casal é importante, mas num desportista ainda mais, e mais ainda num ciclista, que pratica uma modalidade de muito sacrifício, que tem de ter uma alimentação rigorosa, que tem uma rotina de treinos dura... Ela apoia-me muito e gosta do meu estilo de vida, que sempre foi saudável e caseiro. Nunca fui de gostar de festas, nem na Universidade. Aliás, ela cuida-se na alimentação para me ajudar", realçou.
15137976
15137963