Carreira do treinador da equipa de voleibol masculino do Benfica, como jogador, foi curta, levando-o a enveredar pelo treino, já lá vão mais de duas décadas.
Corpo do artigo
Pequenos gestos que façam a diferença são preocupação constante de Matz no dia a dia.
“Nunca fiquei sem trabalhar, ganhando mais, menos. Já passei muito e o bom é que consigo valorizar o que tenho hoje”
Fez-se treinador muito cedo.
-Fui fazer faculdade de Educação Física e jogava voleibol, de maneira amadora. Tive uma aproximação de um clube profissional como jogador para fazer um teste, não passei. No segundo semestre, voltei lá para fazer o estágio da faculdade para tentar depois entrar como membro de uma equipa técnica. Comecei a trabalhar, não ganhava nada e fazia de tudo e mais um pouco, o padrão normal de qualquer pessoa. As coisas foram evoluindo, fui aceitando desafios e oportunidades, trocando de equipas, mas nunca fiquei sem trabalhar, ganhando mais, ganhando menos. Já passei muitas coisas e o bom é que consigo valorizar o que tenho hoje. Quem não passa por essas dificuldades fica... Parece que nunca nada está bom.
Usa muito as redes sociais. Sempre foi assim?
-Já tive um projeto de voleibol digital, em 2010, chamado “VoleiShow”. Estava na seleção brasileira, tinha muito contacto com os treinadores de lá e achava bacana passar um pouco para quem não estava lá dentro. Fico feliz por ter feito esse projeto. Fui entrando nas redes sociais, é um canal que está aberto, não para auto-promoção, mas para promover a modalidade e o Benfica.
E a consciência cívica que também mostra por lá?
-Acho que vem do meu lado de pai. Tenho três crianças em casa. Tento fazer o máximo que consigo, andar pouco de carro, controlar o consumo de água, separar o lixo, não desperdiçar comida, ajudar quem precisa na rua, os animais... Estamos a pensar adotar um cão, porque as crianças querem, só que é uma responsabilidade grande, estamos nessa dúvida. Acho que tenho boas condições de vida e estabilidade para poder ajudar quem precisa. Se posso dar um bom exemplo, é por aí que eu vou.