Piloto espanhol vê o português preparado para o MotoGP e aguarda com expectativa para ver o que Miguel "é capaz de fazer".
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Ao longo de nove dias de testes de pré-temporada, Marc Márquez completou 646 voltas, fez quase quatro mil curvas à esquerda e mais de cinco mil à direita, num total de 3296 quilómetros percorridos. Queimou três mil calorias por dia e nem as três quedas atrapalharam a que foi uma das mais produtivas pré-épocas daquele que, aos 25 anos, é quatro vezes campeão mundial de MotoGP, o que supera em precocidade todos os grandes campeões anteriores. Por isso, é o favorito das casas de apostas à conquista de um quinto troféu.
Quais as suas expectativas para esta temporada?
-As de todos os anos, ou seja, lutar pelo Mundial. Depois haverá detalhes ou podem acontecer muitas coisas durante a temporada, mas estou certo que seremos competitivos e poderemos lutar por vitórias. E espero que, também, pelo campeonato.
Quem serão os principais adversários?
-Há muitos pilotos fortes, mas no ano passado aprendi a não menosprezar nenhum rival. Acredito que todos podem ser grandes adversários. Em 2017, no início, ninguém contava que o Dovizioso fosse um candidato ao título; afinal, foi o que me dificultou mais a vida até à última corrida, em Valência. Todos os pilotos que estão em MotoGP estão lá porque são rapidíssimos e têm qualidade suficiente para me dificultar a tarefa em qualquer altura.
A Honda está melhor do que em 2017?
-Nesta pré-temporada estivemos melhor do que nas anteriores. As coisas saíram melhor e, por isso, acredito que seremos muito competitivos logo desde o início. Os outros pilotos e equipas também fizeram uma boa pré-temporada, mas acredito que realizámos um bom trabalho.
Renovou por mais dois anos. Porque decidiu continuar na Honda?
-Sempre disse que a Honda seria a minha prioridade. Deram-me a possibilidade de me estrear no Mundial na categoria de MotoGP, em 2013. Mas também queria ver como se iniciava a pré-temporada e, sem dúvida, estou convencido de que segui a melhor opção possível ao renovar com a Honda. Agora que esse assunto já está fechado, já me posso concentrar na época e competir ao máximo.
É verdade que teve uma oferta da KTM, que poderia juntá-lo com Miguel Oliveira em MotoGP no próximo ano?
-O importante é que agora estou com a Honda, pelo menos até 2020. Como sempre fiz, continuarei a dar o meu máximo, a cem por cento, e é nisso que tenho de me concentrar. Na minha equipa, na minha moto e foi por isso que renovei com a Honda, para não ter de ficar à espera nem ter de me preocupar com esse assunto.
Como vê a evolução do português Miguel Oliveira? Acha que chegará a lutar um dia pelo título em MotoGP? Era um piloto que recomendaria à Honda?
-O Miguel Oliveira está a evoluir muito, e muito bem. É um grande piloto e tem capacidades para estar em MotoGP e competir com os mais rápidos. No ano passado já o demonstrou, sendo, de facto, muito rápido e progredindo muito. Este ano veremos o que é capaz de fazer.