
Henrique Rocha
Federação Portuguesa de Ténis
O mais antigo torneio do ATP Challenger Tour no nosso país encerra a temporada mundial na próxima semana, na ainda Capital do Ténis
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A 17.ª edição Challenger do Maia Open arranca no fim de semana, no Complexo Municipal, sendo o único evento no mundo em courts cobertos e terra batida, entre os mais de cem que integram o calendário das duas ligas do ATP Tour. As três primeiras edições (1991, 1992 e 1993) foram ao ar livre, em 1994 experimentou-se o teto amovível e, nos dois anos seguintes, entrou na elite, na condição de ATP250 como hoje se designa. Durou dois anos, devido à falta de pagamento dos prémios em "cash" aos jogadores no local e após serem afastados. O dinheiro passou para outras mãos e a Câmara Municipal pagou a dobrar.
José Vieira de Carvalho, à época presidente da edilidade proprietária do certame, não teve quem o ajudasse a compreender o descalabro e, na sequência das negociações que decorriam com a João Lagos Sports (JLS) para a construção da aldeia olímpica na terra do Lidador, ficou planeado recuperar o então Maia Open/Oporto Cup. A solução passava pela junção ao Estoril Open, que passaria a chamar-se Portugal Open e teria lugar um ano no Jamor e outro na Maia. O tempo passou, um dos maiores autarcas deste país faleceu e, entre 1998 e 2002, a JLS reativou os Challengers. Novo hiato até 2019 e, numa organização conjunta entre Câmara e Federação de Ténis (FPT), o Maia Open prossegue a sua vida na Liga 2, mas com a vantagem de ter campeões de luxo, como o nativo Nuno Borges, em singulares e pares (ao lado de Francisco Cabral) e o lisboeta Pedro Sousa.
Na próxima semana, à exceção de Borges, atuarão os outros profissionais nacionais: Gastão Elias, Frederico Silva, Jaime Faria, Henrique Rocha e Tiago Pereira. Apesar de oferecer o maior prize money de sempre (145.250€), o Maia Open não encontra na FPT a mola que o leve a subir o nível de 100 para 125 (pontos atribuídos ao vencedor) no circuito Challenger.
