Treinador de andebol do FC Porto falou em exclusivo a O JOGO e admitiu dificuldades, mas apontou ao futuro com “confiança”
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Magnus Andersson, treinador sueco que regressou este ano ao FC Porto, falou a O JOGO no final da partida frente ao Valur, da Islândia, que venceu por 37-29, mas em que a equipa esteve largos momentos sem convencer. “O primeiro tempo foi terrível”, admitiu. A conversa, porém, centrou-se num balanço, agora que a primeira fase de grupos da Liga Europeia terminou, e num olhar “confiante” sobre o futuro.
Técnico sueco, que esteve cinco anos nos azuis e brancos e venceu oito troféus, regressou após um ano em que foi Resende o treinador, abordando as muitas lesões que têm atingido o plantel.
“Começámos mal. Fizemos um mau jogo contra o Benfica na Supertaça [derrota 31-34], mas eles jogaram bem em 7x6. Frente ao Sporting, aqui, creio que foi um jogo razoável. Com o Sporting são sempre pequenos detalhes a decidir os jogos. Depois disso jogámos cada vez melhor”, explanou. “Tem sido uma época muito difícil, com alguns jogadores lesionados, os laterais-direitos e também o Fábio [Magalhães]. Não tem sido fácil, mas não devemos falar muito sobre isso. Precisamos ser cada vez melhores, e isso eu vejo, crescemos a todo o momento e foi importante darmos este passo e seguir para a próxima fase da Liga Europeia”, assumiu o antigo central sueco, para quem “jogar contra Kiel e também o Vojvodina, duas equipas incríveis, pode fazer evoluir o jogo do FC Porto”.
“Precisamos de recuar um pouco e voltar a aprender a disciplina”
“Não é desculpa, mas às vezes consigo compreender os jogadores, são muitos jogos, muitas viagens”
As novas caminhadas europeias regressam em fevereiro e, quando aponta ao que está por vir, Magnus revela otimismo. “Temos toda a confiança. Podemos vencer a as melhores equipas, mas também podemos perder contra todas, se não tivermos espírito de luta”, alertou, falando ainda da revelação dos últimos jogos. “O Miguel Oliveira é verdadeiramente bom. Estou mais habituado a vê-lo a lateral-esquerdo, mas é um jogador que percebe muito de de andebol, entende bem o jogo e pode estar na posição de central. Precisa de um pouco mais de tempo. Estou muito satisfeito com ele, e é um jogador que também pode atuar em qualquer posição na defesa”, sintetizou.