FC Porto renovou com o técnico sueco até 2024, ele que ainda tinha ligação ao clube até 2022. Chegou em 2018 e irá fazer seis épocas.
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Nos, pelo menos, últimos 35 anos, apenas um treinador fez seis épocas consecutivas no andebol do FC Porto - o sérvio Ljubomir Obradovic, que conquistou o mesmo número de campeonatos.
Pois o sueco Magnus Andersson vai por um caminho semelhante. Mesmo ainda tendo um ano e meio para cumprir, os dragões já seguraram o antigo central por mais duas temporadas, ou seja, até 2024. Tendo chegado ao FC Porto em 2018/19, irá estar seis épocas seguidas no comando dos azuis e brancos.
"Estou mesmo feliz por estar aqui e pelo que temos feito juntos. Tinha mais um ano e meio de contrato e agora fico até 2024. O clube falou-me da renovação e para mim foi uma escolha fácil, tenho uma vida boa, adoro a minha equipa e espero que possamos continuar a fazer coisas interessantes", disse Magnus Andersson a O JOGO. "Eu gosto do FC Porto, gosto da cidade, acho o Porto uma cidade encantadora. É um clube de futebol, mas tudo o resto corre bem, divirto-me todos os dias com a minha equipa, que é mesmo espantosa, e nos próximos três anos temos passos para dar na nossa evolução", continuou o escandinavo que, enquanto jogador, ganhou dois Mundiais, quatro Europeus e foi três vezes medalha de prata nos Jogos Olímpicos, na geração do mítico treinador Bengt Johansson.
Com a renovação de Magnus Andersson, o FC Porto protege-se da cobiça de alguns gigantes europeus, sendo que há algum tempo corria o boato de que o Barcelona estaria interessado no sueco e que pretenderia mesmo partir para a contratação dele caso falhe a conquista da Liga dos Campeões 2019/20, em cuja meia-final vai jogar com o PSG.
A verdade é que Magnus mudou radicalmente o andebol do FC Porto, uma equipa que hoje em dia se bate de igual para igual com os grandes tubarões da Champions. Basta recordar a recente derrota por um em casa do PSG, para a Liga dos Campeões, a equipa com o maior orçamento do mundo para a modalidade, com cerca de 18 milhões de euros.
Essa história de superação começou a escrever-se ao 17.º jogo oficial de Magnus pelo FC Porto, quando, em pleno Dragão Arena, derrotou o Magdeburgo, por 34-27 - num jogo espantoso, em que chegou a estar a ganhar por 12 - eliminando os alemães da Taça EHF, que em casa haviam ganho 26-23. Nessa época, a caminhada europeia dos azuis e brancos só terminou na final-four, em Kiel, tendo ficado em terceiro lugar. O mundo do andebol espantava-se, pois tal jamais havia sucedido. Na mesma época, o FC Porto é campeão nacional e ganha a Taça de Portugal, conseguindo, pela primeira vez, a dobradinha.
"É fantástico liderar esta equipa. Gosto de trabalhar com todos os jogadores, mas quando cheguei tinha uma equipa "normal" e já percebemos o bom trabalho que temos feito com os jovens a aparecer a grande nível. Fizemos um bom trabalho juntos e demos grandes passos para sermos uma equipa que toda a gente conhece e respeita na Europa", disse ainda Magnus Andersson a O JOGO.