Candidato único, Luís Sénica sucede a partir deste sábado a Fernando Claro, dirigente da FPP desde 2005. Segue-se, no início do ano, o anúncio do nome que ocupará o seu lugar na Seleção Nacional
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Este sábado é o seu primeiro dia como presidente da Federação de Patinagem de Portugal e Luís Sénica já projeta o futuro.
A patinagem soma medalhas, mas não tem mediatismo. Pode mudar?
-O hóquei está historicamente mais perto do público, mas a patinagem artística tem tido um grande crescimento e possui competência internacional. Temos uma necessidade de trazer para a opinião pública o que de bom se faz na patinagem, porque temos atletas de excelência.
Ao longo dos anos discutiu-se a eventual divisão entre hóquei e patinagem. O que pensa sobre isso?
-As pessoas vivem intensidade a sua disciplina e acham que a divisão seria a solução para determinados problemas. Temos de perceber que a organização estrutural da federação está debaixo de uma organização estatal, do COI e estruturas mundiais da patinagem. Abrir espaço a uma individualização é extremamente complexo, irrealista e de difícil concretização. A unidade e o compromisso entre todos talvez possa ser o caminho mais seguro.
Há um perfil de selecionador nacional?
-Vamos começar a discutir em janeiro. Queremos novas estratégias dentro do que está a ser praticado. O DTN apresentará nomes e será discutido colegialmente.
É candidato único, como foi sempre Fernando Claro. Isso significa que a FPP é muito consensual?
-Não creio. Se calhar pensaram que era a pessoa certa. Daqui a dois anos poderá haver mais gente disponível. Se calhar a limitação de mandatos levou pessoas a pensar que não queriam entrar a meio.
Como olha para a organização mundial?
-Olhando para o hóquei, há muito a fazer. O hóquei é uma disciplina de enorme potencial. Neste momento, compete com novas disciplinas, que vêm de um contexto forte de rua, com apoio financeiro por trás, e as coisas tornam-se mais difíceis. O hóquei tem de continuar a lutar pelo seu espaço, mas não se faz contra os outros da nossa família, tem de ser em conjunto.
Temos um campeonato competitivo, com muitos estrangeiros e arbitragem sempre no olho do furacão. O que acha dele?
-Há que criar condições aos árbitros num jogo complexo, de decisões num segundo. Em relação ao modelo, a qualidade mantém-se e no final faremos o balanço. Sobre os estrangeiros, é uma consequência natural da aposta dos clubes. O que teremos de fazer é pelos mais jovens: formação mais forte, para que cheguem mais cedo ao topo.
"A UNIDADE É MAIS SEGURA"
Hoje é o seu primeiro dia como presidente da Federação de Patinagem de Portugal e Luís Sénica já projeta o futuro.
A patinagem soma medalhas, mas não tem mediatismo. Pode mudar?
-O hóquei está historicamente mais perto do público, mas a patinagem artística tem tido um grande crescimento e possui competência internacional. Temos uma necessidade de trazer para a opinião pública o que de bom se faz na patinagem, porque temos atletas de excelência.
Ao longo dos anos discutiu-se a eventual divisão entre hóquei e patinagem. O que pensa sobre isso?
-As pessoas vivem intensidade a sua disciplina e acham que a divisão seria a solução para determinados problemas. Temos de perceber que a organização estrutural da federação está debaixo de uma organização estatal, do COI e estruturas mundiais da patinagem. Abrir espaço a uma individualização é extremamente complexo, irrealista e de difícil concretização. A unidade e o compromisso entre todos talvez possa ser o caminho mais seguro.
Há um perfil de selecionador nacional?
-Vamos começar a discutir em janeiro. Queremos novas estratégias dentro do que está a ser praticado. O DTN apresentará nomes e será discutido colegialmente.
É candidato único, como foi sempre Fernando Claro. Isso significa que a FPP é muito consensual?
-Não creio. Se calhar pensaram que era a pessoa certa. Daqui a dois anos poderá haver mais gente disponível. Se calhar a limitação de mandatos levou pessoas a pensar que não queriam entrar a meio.
Como olha para a organização mundial?
-Olhando para o hóquei, há muito a fazer. O hóquei é uma disciplina de enorme potencial. Neste momento, compete com novas disciplinas, que vêm de um contexto forte de rua, com apoio financeiro por trás, e as coisas tornam-se mais difíceis. O hóquei tem de continuar a lutar pelo seu espaço, mas não se faz contra os outros da nossa família, tem de ser em conjunto.
Temos um campeonato competitivo, com muitos estrangeiros e arbitragem sempre no olho do furacão. O que acha dele?
-Há que criar condições aos árbitros num jogo complexo, de decisões num segundo. Em relação ao modelo, a qualidade mantém-se e no final faremos o balanço. Sobre os estrangeiros, é uma consequência natural da aposta dos clubes. O que teremos de fazer é pelos mais jovens: formação mais forte, para que cheguem mais cedo ao topo.
"SONHO OLÍMPICO É UM QUADRO DIFÍCIL"
Olhando para a integração do skate nos Jogos, que vai dar à FPP uma dimensão olímpica, Luís Sénica considera "importante esse reconhecimento", mas sublinha: "Neste momento, ainda estamos a gatinhar. Vamos consolidar, fazer formação e os circuitos nacionais. Pode ser mais uma via de apoio financeiro, mas tem de haver uma resposta evolutiva e é isso que estamos a procurar fazer." Sobre o velho sonho olímpico do hóquei em patins, o presidente admite: "É um quadro difícil. Sabemos o que procura o Comité Olímpico Internacional e o impacto económico que quer. Sabemos que está mais virado para modalidades individuais e que segue manchas de atletas mais jovens, mas independentemente da dificuldade nunca devemos deixar de trabalhar."