Luís Frade, jogador da seleção de andebol: "Travar Mikkel Hansen? É como os outros"
Luís Frade, jogador da seleção de andebol, falou esta quinta-feira sobre o duelo com a Dinamarca, marcado para as 11h30 de sexta-feira.
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A vitória com o Barém soltou a seleção?
Claro que sim. Não há jogos fáceis, mais foi a vitória que nos soltou de alguma maneira, todas as 12 equipas são de altíssimo nível, foi uma vitória sofrida, mas não deixou de o ser e moralizadora. Deu-nos alento e só esperamos jogos melhores.
Contra a Suécia foi mesmo por pouco que não pontuaram...
Fizemos um excelente jogo, tanto a nível ofensivo como defensivo e não conseguimos o empate ou a vitória por muito pouco. As coisas conseguem melhorar-se em todo o lado, tanto nos aspetos ofensivos como defensivos, cada equipa tem as suas características, os jogadores também e temos de modelar o nosso jogo ao que melhor se vai adaptar à equipa dinamarquesa.
Não forçar tanto contra a Dinamarca para estar melhor contra o Japão, bem mais acessível?
Não, não! Nós jogamos sempre para ganhar, não podemos estar à espera de outros jogos e, se ganharmos este, está feito. Quer dizer, quanto mais ganharmos melhor. Pode ser contra a Dinamarca ou o Barém que a intensidade vai ser a mesma e o objetivo vai ser sempre o mesmo e é ganhar. Reconheço que são níveis de dificuldade diferentes, mas será sempre para ganhar.
Vencer o Japão será determinante...
É fulcral para nós e temos de ganhar se queremos passar à próxima fase. Também acho que é uma loucura pensar ganhar todos os jogos... O Japão pode ter teor diferente, uma importância diferente, mas se ganharmos à Dinamarca já estamos mais perto da próxima fase.
"É uma loucura a intensidade, o profissionalismo, os rituais que se veem"
Como analisa a Dinamarca?
Estamos a falar de uma seleção consagrada, com títulos, habituada a vencer. Temos de temer todas as fases do jogo, tanto a ofensiva como a defensiva, mas também a transição, onde eles são muito rápidos. Só nos resta estudar um pouco mais, ver o que podemos fazer melhor e jogar para ganhar.
Como travar Mikkel Hansen?
Da maneira que travamos os outros. Claro que é um ótimo jogador, considerado um dos melhores do Mundo e teremos de o travar. Não será fácil, mas teremos de o conseguir.
Dá a sensação que a Seleção Nacional tem vindo a melhorar de jogo para jogo. Pode mesmo pensar-se em medalhas?
Nós temos vindo a jogar melhor nos últimos jogos, tivemos a adaptação, a realidade de uma nova hora, mas já estamos a começar a ficar habituados, a nossa performance tem vindo a aumentar e claro que sim, porque se não pensarmos alto não vamos a lado nenhum.
Como é estar nos Jogos Olímpicos?
Os Jogos Olímpicos, como sempre disse, é o palco em que qualquer desportista quer estar. É uma loucura a intensidade, o profissionalismo que se vê, os rituais que se veem. Depois, ver os outros famosos que estamos habituados a ver nas televisões e nos jornais é uma vivência de consagração, uma coisa nunca antes alcançada por equipa coletiva de pavilhão em Portugal e estamos com vontade de mais.
Como receberam a notícia da medalha de bronze do Jorge Fonseca?
Estávamos a sair do treino e recebemos a notícia, ficamos todos extremamente contentes. Já tivemos a oportunidade de ver os combates dele e, por acaso, também o vimos na saída do prédio e foi uma felicidade.
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