Mercedes vai testar o “miúdo maravilha” Kimi Antonelli para saber se o lança já em 2025 ou se tenta contratar um veterano como Alonso
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Max Verstappen foi o piloto mais novo a estrear-se na Fórmula 1 (17 anos e 166 dias, no GP da Austrália de 2015) e também o mais jovem a fazer pódio e ganhar uma corrida (18 anos e 228 dias, no GP de Espanha de 2016), começando hoje, com os treinos livres no Barém [ler mais na página 28], a corrida pelo tetracampeonato. Na Mercedes, Toto Wolff não esquece a amargura por ter perdido o neerlandês para a Red Bull e revelou o esforço que está a fazer para segurar o próximo prodígio, o italiano Andrea Kimi Antonelli.
“Há uns anos tivemos a oportunidade de ficar com o Max e isso não foi possível porque simplesmente não tínhamos lugar. O Rosberg e o Hamilton tinham contratos de longa duração e a Red Bull aproveitou. Agora podemos ver o sucesso que ele tem e, por termos um júnior que anda ao mais alto nível, quisemos manter as nossas opções em aberto”, contou o diretor da Mercedes à ORF, explicando que o contrato de dois anos que fez com Hamilton foi para, em 2026, ter vaga para Kimi Antonelli. O jovem de Bolonha tem 17 anos e vai para a quinta época como protegido da Mercedes, colecionando vitórias no karting e nas fórmulas de promoção. Este ano irá passar da F4 para a Fórmula 2, ao serviço da Prema, e Wolff não espera que ganhe já, “porque é um salto demasiado grande”.
Toto Wolff admitiu que não ofereceu um contrato de longa duração a Hamilton para poder dar o lugar ao jovem italiano em 2026. Surgindo a vaga em 2025, vai tentar perceber se pode antecipar a subida.
Embora chame “miúdo maravilha” a Antonelli, o responsável da Mercedes não garante que o terá na F1 em 2025. “Ele tem 17 anos e pode ser demasiado cedo. Mas queremos tê-lo como opção para os próximos cinco ou dez anos”, explicou, não disfarçando que a rescisão antecipada de Hamilton - tinha uma cláusula que lhe permitia sair para a Ferrari após o primeiro dos dois anos de contrato - deixou a equipa num impasse.
O italiano vai fazer um “longo programa de testes” com o Mercedes, enquanto compete na F2, mas a equipa terá outras possibilidades. “O mercado estará interessante, com muita gente forte disponível para 2025”, diz Wolff ao Autosport britânico, questionando-se: “Queremos alguém experiente, ou tentar algo novo? Deveremos correr o risco de apostar num rookie, pensando a longo prazo?”. Sem responder às próprias perguntas, o dirigente austríaco pode ter como prioridade Fernando Alonso, que possui acordo com a Aston Martin até 2025, não estando no lote dos nove pilotos que ficarão livres no final deste ano. Entre esses, só Esteban Ocon (saído das escolas da Mercedes) e Carlos Sainz poderão interessar.