Cidades ao ataque contra a inatividade física

Incentivar os cidadãos à prática de atividade física é uma das grandes preocupações atuais dos municípios portugueses. Lisboa, por exemplo, tem procurado aumentar os índices nessa matéria. "Cidadãos, mexam-se!" parece funcionar quase como um lema para a autarquia da capital.

"O desporto contribui para uma cidade mais justa e mais feliz", defende Jorge Máximo, vereador do desporto da Câmara Municipal de Lisboa, explicando que, nesse sentido, o incentivo a um "estilo de vida saudável é uma preocupação cada vez maior" de uma cidade como a sua. "A atividade física está ligada à qualidade de vida, que é precisamente a meta de um político: proporcionar qualidade de vida aos cidadãos. Pela saúde, mas também por ser fator de socialização, entre outros", acrescentou, numa intervenção proferida durante o XVII Congresso Nacional de Gestão Desportiva, que hoje termina em Setúbal, numa organização da Associação Portuguesa de Gestão de Desporto (APOGESD) com o apoio do jornal O JOGO.

Este dirigente autárquico lembra que, "a par da Hungria, Portugal é o segundo país europeu com menor índice de prática desportiva regular" e que, nesse sentido, importa inverter estes números. "O nosso país tem uma baixa cultura desportiva e uma baixa prática de atividade física regular. A meta é aproximar-nos dos números do norte da Europa", assinalou, manifestando-se otimista quanto à evolução do cenário: "Ao mesmo tempo os números também deixam entender que vamos crescer mais rápidos do que os outros e que a longo prazo, vamos convergir para os números deles. Por isso há aqui muitas oportunidades."

Pedro Pina, vereador do desporto na Câmara Municipal de Setúbal, participou no mesmo painel, lembrando que "a saúde é uma responsabilidade coletiva e individual". Os poderes, neste caso o autárquico, têm, portanto, a obrigação de a promover, nomeadamente através do fomento da prática de atividade física. "Em Setúbal promovemos a democratização de uma prática desportiva saudável", assinalou.