
Roglic e Vingegaard
AFP
Jonas Vingegaard pretende defender o título, Roglic quer redenção e não teme o avançar da idade
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A Jumbo-Visma irá, ao que tudo indica, levar os dois principais voltistas da sua equipa para a Volta a França. Jonas Vingegaard, corredor que venceu a Volta a França, em 2022, e Primoz Roglic, três vezes conquistador da Vuelta, deixaram claro as suas intenções. "O Giro tem muitos quilómetros de contrarrelógio, mas não olho duas vezes. O Tour é especial, cada vez que vejo o percurso fico com mais vontade de voltar. Quando o vi, ao princípio, achei que era mais ajustado ao Tadej Pogacar, da UAE, mas parece-me cada vez mais duro e pode assentar-me bem. Quero voltar lá com o número 1 nas costas e tentar defender a vitória", disse Vingegaard à "RideMagazine".
Roglic confessa sonhar com a amarela. "Se fores bom e estiverem bem fisicamente podes ganhar qualquer corrida. Não vou estar em forma para o Tour Down Under, em Janeiro, mas confio que possa voltar a competir em março. Ainda é um mistério o que se segue, mas temo que o Giro seja muito cedo. Os meses voam. Acho que posso voltar a competir lá, ao mais alto nível, noutra altura. Pergunto-me se não é melhor isso e poder preparar-me para o Tour. Pode ser mais sensato. Quero lá voltar, para lutar pela amarela, mesmo que a prioridade seja que a equipa ganhe, comigo ou com o Jonas", explica ao portal "Wielerflits" o esloveno, que descreveu a última época como a "pior da carreira", mas não uma "catástrofe." "Ganhei a Paris-Nice e o Critério do Dauphiné. Infelizmente, não consegui estar três meses seguidos sem problemas. Precisei de parar e recuperar. Tinha muitas dores", atira, explicando a saída da Vuelta e do Tour devido a quedas, tendo de ser operado a um dos ombros, que o fez parar oito semanas.
Com 33 anos descarta estar a ficar sem hipóteses de ganhar o Tour: "O meu objetivo é voltar ao Tour e chegar a Paris. Depois de duas edições desapontantes, tenho de voltar ao início. Acredito que possa ser possível e não sinto diferenças, não penso nos ciclistas mais jovens, porque consigo ser competitivo. Vejo-me ao mais alto nível pelo menos quatro anos. Valverde e Nibali, por exemplo, tiveram grandes performances quando já eram veteranos. Porque não posso eu conseguir o mesmo?!"
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