Lewis Hamilton e a luta contra o racismo: "Precisamos de um líder, onde está Jean?"
Piloto aponta o dedo ao presidente da FIA e acusa Fórmula 1 de inação
Corpo do artigo
Lewis Hamllton continua empenhado na luta contra o racismo e considera que, depois dos seus alertas e todas as campanhas, a Fórmula 1 continua inativa.
Apesar de ações simbólicas, como a campanha #WeRaceAsOne, e dos ecos provocados pelo movimento Black Lives Matter, o seis vezes campeão mundial ataca Jean Todt, o presidente da Federação Internacional Automóvel (FIA): "Precisamos de um líder; onde está Jean [Todt] em toda as esta questão? Não devia ser eu a falar com as equipas, isso compete a quem ocupa cargos superiores."
Sem especificar, o que espera dos responsáveis da Fórmula 1, o piloto da Mercedes prossegue: ""Não fizemos progressos. Dissemos coisas, foram publicadas declarações e fizemos gestos, como ajoelher-nos, mas não mudámos nada, exceto parte da nossa consciência"
Hamilton critica a falta de diversidade na Fórmula 1 e questiona o representante dos pilotos que correm o Mundial (Jean Grosjean) e diretor executivo da F 1 (Chase Carey): "Estou animado com a nossa equipa e com as pessoas da Fórmula 1 que se preocupam e me perguntam o que mais podemos fazer, como podemos melhorar. Voltarei a falar com a Fórmula 1 e verei em que ponto se encontram e se sentem a pressão. Gostava de saber o que pensam Joan [Grosjean], Chase [Carey] e a organização."
O britânico já foi criticado por Bernie Ecclestone, ex-chefe da Fórmula 1, que considera que o piloto não tem razão e afirmou que, na Fórmula 1, "a cor da pela não é um fator."