King prepara-se para o maior desafio da carreira ao procurar, quase sozinho, o segundo título dos Cavs, enquanto os Warriors, repletos de soluções, podem alcançar um pódio histórico
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Apesar de ter sido a primeira vez desde 1979 que houve negra para encontrar o vencedor em ambas as conferências (Este e Oeste), a final da NBA, que arranca esta madrugada, vai pôr frente a frente as mesmas equipas pelo quarto ano consecutivo, algo inédito nos Estados Unidos.
Golden State e Cleveland são protagonistas da grande rivalidade do século XXI na liga norte-americana, numa disputa já comparada à travada entre Boston e LA Lakers, mas que muitos pensam estar a retirar interesse à competição, de tal forma que o comissário Adam Silver já admitiu estarem em estudo novos modelos para o play-off.
Apesar da insistência, não faltam motivos de interesse em torno do quarto capítulo entre Warriors e Cavs, a começar pelo facto de este ser o maior desafio da vida desportiva de LeBron James. Antes de voltar a tornar-se agente livre, procurará levar ao título uma equipa com menor qualidade em relação à última final - Kyrie Irving foi a grande baixa, ao rumar a Boston - e que foi alvo de uma revolução já no decorrer desta época, com a chegada de quatro jogadores em fevereiro (George Hill, Rodney Hood, Larry Nance Jr. e Jordan Clarkson).
O primeiro jogo das Finais da NBA realiza-se às 2h00 desta sexta-feira
Com 33 anos e nove presenças em finais, oito consecutivas, o King ainda não falhou um jogo esta temporada (leva 100), mas, mesmo com a elevada utilização, atravessa uma das melhores fases da carreira, com médias de 34 pontos, 9,2 ressaltos e 8,8 assistências ao longo do play-off. "Têm sido rosas, têm sido espinhos, mas é tudo o que se pode pedir. Está a ser uma das temporadas mais desafiantes que alguma vez tive", soltou após eliminar Boston e ter feito o derradeiro (sétimo) jogo completo.
Mesmo tendo vacilado mais durante a fase regular e sido testados até ao limite pelos Rockets, os Warriors surgem com a maior dose de favoritismo, face à quantidade de soluções: o ataque é liderado por Stephen Curry, Kevin Durant e Klay Thompson - os meios americanos escrevem até que há uma espécie de "guerra civil" na equipa para ver quem vai brilhar mais -, enquanto Draymond Green se encarrega das tarefas defensivas.
Com cinco títulos no historial - os dois primeiros conquistados como Philadelphia Warriors (1947 e 1956) -, os homens de Steve Kerr têm a grande oportunidade de se juntarem aos Chicago Bulls no histórico pódio dos emblemas mais titulados, apenas atrás de Boston (17) e LA Lakers (16).