Detalhes do contrato de 2009 só agora puderam ser oficialmente divulgados, mas a organização do Tour Down Under já declarou várias vezes ter sido dinheiro bem empregue
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O governo da Austrália do Sul confirmou esta semana que pagou um milhão de dólares (890 mil euros) a Lance Armstrong, como cachê para correr o Tour Down Under de 2009. A verba paga pela participação nas edições de 2010 e 2011 ainda não foi revelada, mas tudo indica que terá sido igual.
A notícia confirma os valores que sempre foram apontados, mas só agora expirou a cláusula que obrigava a reservar sigilo, durante dez anos, sobre os contratos assinados por aquele estado australiano.
O ano de 2009 foi o de regresso de Armstrong ao ciclismo, depois de se ter retirado em 2005, e a sua estreia na Austrália gerou tal euforia que os organizadores da corrida têm afirmado que "ainda hoje há benefícios do legado que deixou".
O Tour Down Under, que até 2008 chamava cerca de meio milhão de pessoas às estradas, passou a duplicar esses números desde que Armstrong o correu. O norte-americano terminou sempre em posições modestas, mas promoveu vários passeios que reuniram milhares de pessoas.
Curiosamente, e ao revelar os valores, Rob Lucas, tesoureiro da Austrália do Sul, defendeu uma posição contrária: "Sejam quais forem os padrões, é uma quantia espantosa de dinheiro para pagar a um homem por uma corrida de seis dias e ainda falta somar valores de viagens aéreas de primeira classe para dois, hotéis, alimentação e outros extras".
Lance Armstrong confessou em 2013 que se havia dopado nos anos em que venceu por sete vezes a Volta a França.