Lagisquet e a ida ao Mundial: "O mais difícil será ter a nossa melhor equipa disponível"
A Seleção Nacional de râguebi ficou a saber este sábado que Hong Kong foi o último país a juntar-se aos Estados Unidos e Quénia no lote de adversários que vão discutir com os lobos a última vaga do Mundial
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Portugal tem uma "hipótese real" de qualificar-se para o Mundial de râguebi França'2023 no torneio final de repescagem, disse este sábado à agência Lusa o selecionador nacional, Patrice Lagisquet, fazendo a previsão depender de ter "a melhor equipa disponível".
A Seleção Nacional ficou hoje a saber que Hong Kong foi o último país a juntar-se aos Estados Unidos e Quénia no lote de adversários que vão discutir com os lobos a última vaga na competição, e o técnico francês acredita que a sua equipa pode sair vencedora da repescagem, no Dubai, em novembro.
"Se olharmos para o ranking mundial, vemos que os Estados Unidos estão apenas uma posição à nossa frente [19.º lugar]. E, mais do que isso, pela forma como jogámos recentemente contra Itália, Argentina XV e Geórgia", analisou Lagiquet.
Apesar das três derrotas sofridas nos encontros da janela de jogos internacionais de verão, o treinador francês gostou de ver a evolução do jogo dos avançados, que vai ser "a chave do torneio" de repescagem.
"O nosso objetivo nestes jogos era melhorar o nosso jogo de avançados e, contra a Geórgia, mostrámos que podemos competir com os nossos avançados contra equipas fortes nesse setor. Portanto, o mais difícil será ter a nossa melhor equipa disponível", apontou o técnico.
É que, "desde o jogo com o Japão", Portugal "nunca mais teve todos os jogadores disponíveis", quer fosse por lesões, devido à covid-19 ou às dificuldades impostas por alguns clubes franceses para libertarem os seus jogadores para a Seleção.
Para o torneio de repescagem, no entanto, "já todos confirmaram que estarão disponíveis", revelou Lagisquet.
"Mesmo agora, nos jogos de junho e julho, nunca tivemos a equipa na máxima força. Espero que ninguém se lesione, pois tenho a certeza de que, se tivermos a melhor equipa, seremos competitivos. Só espero não ter nenhuma surpresa", admitiu o Express de Bayonne.
Quanto aos adversários que Portugal vai defrontar no Dubai, sem surpresa, Lagisquet não hesitou em apontar "os Estados Unidos" como "provavelmente, o adversário mais difícil" da repescagem, até porque é "aquele que tem o pack avançado mais forte" entre os três.
"O Quénia, por vezes, consegue ser um adversário forte, mas, especialmente no [râguebi de] 15, não são muito organizados. Já Hong Kong, joga um râguebi ofensivo e rápido, mas esse é o tipo de equipa que gostamos de defrontar", comentou o treinador dos lobos.
O torneio final de repescagem para o Mundial disputa-se no Dubai, estando os jogos de Portugal previstos para os dias 6, 12 e 18 de novembro.
O clima que se faz sentir nessa região do planeta, nessa altura do ano, também joga a favor de Portugal, pois os jogadores "estão habituados a treinar e a jogar com tempo quente" e, acima de tudo, "não chove, o que é ótimo" para o estilo de jogo dos lobos, destacou Lagisquet, em declarações à agência Lusa.
O torneio final de repescagem, disputado por Portugal, Estados Unidos, Quénia e Hong Kong em formato round robin (todos contra todos a uma volta), vai preencher a última vaga disponível para o Mundial de 2023.
O vencedor do torneio de repescagem será integrado no Grupo C do Mundial, onde irá defrontar País de Gales, Austrália, Ilhas Fiji e Geórgia.
O Mundial de râguebi de 2023 realiza-se em França, de 8 de setembro a 28 de outubro.
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