KTM em risco de desaparecer: trabalhadores sem subsídio de Natal e participação no MotoGP em perigo
A crise da KTM vai, com naturalidade, afetar a presença da marca no desporto motorizado
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A KTM atravessa por estes dias uma grave crise financeira face a uma redução significativa nas vendas e que coloca milhares de empregos em risco. Embora os salários de dezembro estejam garantidos para os funcionários, a empresa admite que não será possível assegurar o pagamento do subsídio de Natal, uma medida que reflete a gravidade da situação.
A Pierre Mobility AG, empresa que detém a KTM, já comunicou a intenção de iniciar um processo de reestruturação voluntária ao abrigo da Lei de Insolvência Austríaca, numa tentativa de evitar o colapso total. Apesar de o objetivo ser manter as operações, a direção prevê uma diminuição da produção e, consequentemente, a redução do número de trabalhadores.
Este corte surge como uma resposta à necessidade de redimensionar a estrutura da empresa para enfrentar o problema de excesso de stock e as dívidas acumuladas, que já atingem os 250 milhões de euros.
Apesar das dificuldades, a empresa antecipa que as medidas de reestruturação poderão gerar ganhos significativos, estimados em mil milhões de euros entre 2025 e 2026. No entanto, o futuro a curto prazo permanece incerto, especialmente para os milhares de funcionários que dependem do sucesso deste plano para garantir os seus empregos.
A crise da KTM vai, com naturalidade, afetar a presença da marca no desporto motorizado, designadamente no programa da equipa que compete no MotoGP e que passado contou com Miguel Oliveira. A equipa vai cortar algumas despesas, mas “a KTM é inimaginável sem competição”, afirmou o vice-presidente do grupo, Hubert Trunkenpolz.