Ciclista neerlandês tem fratura na clavícula e na pélvis e fica fora da Volta a França. É a quarta lesão grave e em 2016 perdeu um Giro por queda
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Steven Kruijswijk, o homem de nome difícil que tem somado azares na Jumbo-Visma. Desta feita, o terceiro classificado da Volta a França de 2019 sofreu uma queda aparatosa na segunda etapa do Critério do Dauphiné e abandonou a prova com uma fratura numa clavícula e na pélvis. A época está comprometida e a Volta a França, para onde estava escalonado, deixou de ser uma possibilidade.
Esta é a quarta lesão grave nos últimos dez anos no corredor de 36 anos, que renovou até 2025 com a Jumbo para ser o escudeiro de Jonas Vingegaard e Primoz Roglic. Neste período de tempo, são já quatro operações necessárias às clavículas e a cirurgia à pélvis será uma grande limitação para o corredor.
Um dos poucos atletas capazes de fazer top-5 nas três Grandes Voltas, Kruijswijk liderava o Giro de 2016 quando, ao embater num bloco de gelo, ficou debilitado e incapaz de responder aos ataques dos rivais. Essa edição foi conquistada por Vincenzo Nibali e deu sempre a ideia de que Kruijswijk poderia ter mesmo vencido não fora esse embate violento na Colle dell'Agnello. Chegou a essa etapa com 3 minutos de avanço para Esteban Chaves, da Orica, e 4m43s para Nibali, da Astana, mas deixaria 4m54s na estrada nesse dia difícil para o italiano de Messina, vencedor da etapa e que roubaria depois a Chaves a camisola rosa.
A ausência de Steven do Tour é um rude golpe para a Jumbo, que já tivera de alterar a equipa escalonada para o Giro por lesões. Apressou momentos de forma de alguns para ajudar, com sucesso, Roglic a ganhar o Giro. Agora, está em perspetiva a utilização de Sepp Kuss, escudeiro do esloveno no Giro, na ajuda na montanha a Vingegaard. Roglic, recorde-se, não fará o Tour, pois a equipa decidiu não alterar a sua preparação, mantendo o campeão do Tour 2022 como líder inequívoco da formação.
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