Keletela e a prestação nos 100 metros dos Mundiais: "Estou muito desapontado"
O refugiado congolês apoiado pelo Comité Olímpico de Portugal (COP) Dorian Keletela assumiu-se desapontado com as suas marcas na estreia em provas dos 100 metros de Mundiais de atletismo, na sexta-feira, em Eugene, nos Estados Unidos.
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O velocista do Sporting, de 23 anos, não foi além do 47.º tempo nas eliminatórias, em 10,52 segundos, ao terminar no sétimo posto a quarta série, vencida pelo jamaicano Oblique Seville (9,93), que se impôs ao italiano Marcell Jacobs, campeão em Tóquio'2020, autor do seu melhor tempo do ano (10,04).
"O resultado podia ser melhor, já tinha corrido com o [Marcell] Jacobs nos Jogos Olímpicos, isso não me inibe, mas não estava à espera deste resultado. Eu esperava fazer 10,00, não estas marcas, estou muito desapontado", afirmou Dorian Keletela.
O velocista da equipa de refugiados em Eugene'2022, que tem 10,27 como recorde pessoal, piorou, na sessão da tarde de sexta-feira, depois de ter superado as pré-eliminatórias, de manhã, com a marca de 10,48.
"É muito complicado para mim, porque os tempos foram muito maus. É o atletismo, mas tenho treinado para ser mais rápido. Regressei há um mês, depois de ter tido pubalgia, e só fiz duas provas, não tenho ritmo competitivo", explicou.
Keletela, que veio sozinho para Portugal, aos 17 anos, depois de ter ficado órfão e a viver com uma tia, alvo de perseguição política no Congo, já assumiu o "sonho" de representar as cores lusas nos Jogos Olímpicos Paris'2024, tendo ainda admitido investir numa temporada de treino em Itália, em 2023.