Jorge Vieira sobre concorrer ao COP: "Não há muito para esconder e seria quase uma traição..."

Jorge Vieira
Jorge Vieira considera inevitável concorrer ao Comité Olímpico de Portugal
Corpo do artigo
Jorge Vieira, presidente cessante da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA), considerou inevitável concorrer à liderança do Comité Olímpico de Portugal (COP), à margem da gala Celebração Olímpica de 2024, em Lisboa.
“Como devem calcular, é um passo complexo, difícil e de grande responsabilidade, não só pelo olimpismo em si, que também tem uma corrida com testemunhos a passar de presidente em presidente, mas pela dificuldade de suceder a uma personalidade como José Manuel Constantino. Não há muito para esconder e seria quase uma traição às federações que me têm desafiado para esta possível missão”, afirmou Jorge Vieira, à entrada para o evento, em declarações aos jornalistas.
Jorge Vieira, de 69 anos, cumpre até sábado o seu terceiro e último mandato à frente da FPA, cujas eleições foram vencidas por Domingos Castro, em detrimento dos ainda vice-presidentes Paulo Bernardo e Fernando Tavares.
O antigo Diretor Técnico Nacional da FPA, na presidência de Fernando Mota, de quem foi vice, foi ainda treinador de clubes como Benfica, CDUL e Sporting, além de diretor do Centro de Alto Rendimento do Jamor.
“Não há volta a dar e vou mesmo avançar. Ainda há muito caminho para trilhar e muito caminho para desenvolver com as federações que têm apoiado esta ideia e, brevemente, daremos notícias mais concretas”, prometeu.
O ainda presidente da FPA enfrenta nesta corrida ao organismo olímpico a Laurentino Dias, antigo secretário de Estado da Juventude e do Desporto, e José Manuel Araújo, atual secretário-geral do COP.
As eleições do organismo olímpico, liderado por Artur Lopes desde a morte de José Manuel Constantino, em agosto último, devem realizar-se no primeiro trimestre de 2025.
“É o resultado de uma intervenção muito grande ao nível desportivo. As pessoas conhecem-me, eu conheço as pessoas, os problemas, e, naturalmente, este é um projeto coletivo e não um ‘one man show’, que passa pela construção de uma equipa que venha a continuar o trabalho e a inovar para o desporto nacional, que tem evoluído, mas ainda tem de evoluir mais”, partilhou Jorge Vieira.
O líder do órgão que rege o atletismo em Portugal apontou como prioridades da sua candidatura o reforço da competitividade internacional do desporto nacional, a descoberta de novos talentos, o incremento do desporto juvenil, a qualificação de dirigentes e treinadores e o reforço dos clubes – “onde acontece o desporto no dia a dia e são muitas vezes esquecidos”.

