Declarações de Jorge Braz, selecionador nacional de futsal aos jornalistas, esta segunda-feira, após a conquista do Mundial.
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Trabalhar de forma sustentada: "Tudo faremos como fizemos desta vez, isso de certeza. O nosso patamar é este, era aqui que queríamos estar. Agora, queremos estar aqui de forma sustentada, contínua. Tinha dito que o título de 2018 não podia ser uma questão geracional, de momento. Andamos a alguns anos a trabalhar para conseguir estar nas finais, e estando nas finais podemos alcançar títulos, vamos ter oportunidade de lutar por títulos, nem sempre vamos ganhar, mas vamos estar nas finais."
Palavras nas palestras. Estratégico ou veio do fundo da alma? "Não sou ator. Sei que muita gente diz que que os treinadores têm de ser atores, mas eu não sou. Sou honesto e genuíno, o que sinto do caminho que quero que a equipa leve, é o que me vai na alma e o que surge no momento. Foi genuíno, honesto e veio da alma."
Gostava de receber a seleção de futebol? "Era com todo o gosto, era um orgulho. Mas esta casa está a habituar-nos a isso, aquele canto está a ficar pequeno. Vive-se exigência, confiança, ambição, Portugal. O mister sempre disse, é muito bom vir para aqui todos os dias, sentimo-nos bem, agora o nível de exigência e ambição vai continuar o mesmo e vamos ter outros títulos. De certeza que o futsal vai receber futebol de praia e futebol mais vezes. Somos todos da mesma família"
Grupo: "Foram 17 homens fantásticos, gente de carácter que estabele o objetivo e que vai com tudo. Fomos com tudo para dar alegria aos portugueses e queríamos muito trazer a Taça."
Palavras no balneário após a conquista: "Não houve palavras, houve muito festejo, muito salto, muita alegria. Houve satisfação enorme de perceber que temos capacidade para estar neste nível, nos melhores do mundo e vamos continuar na história."
Clique: "Quando disse que faltava o clique... Sempre trabalhámos com qualidade, seleções anteriores de enorme qualidade, jogadores fantásticos, o que nos fomos sustentando foi com seleções jovens, proporcionar oportunidades aos jovens, crescer, permite que tenhamos jovens atrevidos, permite ter jogadores experientes que temos de acreditar no trabalho. O clique da-se num processo ao longo do tempo com trabalho, não numa palestra milagrosa ou atirar uma placa ao chão."
Como recuperar craques? "É dar-lhes confiança, acreditar. O Bebé é um exemplo de vida, o Ricardo passou o que passou, desde a operação. Todos se prepararam, com o cuidado que tiveram nas férias, trabalho. Quando se quer muito, atinge-se, parece fácil, depende muito deles."
Ricardinho para continuar? "Não, ainda só estamos a festejar. É decisão do Ricardo. É uma decisão dele e temos tempo. Queremos desfrutar disto, somos os melhores da Europa e do mundo."