Segundo classificado na última Volta a Portugal bateu-se com Alejandro Valverde na Volta a Castela e Leão e reconhece que isso lhe deu "visibilidade".
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"Na subida final, nos últimos quatro quilómetros, o Valverde, já não trazia equipa, mas a Caja Rural tinha três ciclistas. Começaram a atacar e pedi ao Henrique (Casimiro) para fechar os espaços a fim de ter hipóteses de discutir a etapa. E levamos a corrida até ao risco. Tinha de tentar a minha sorte. O meu resultado devo-o à equipa", explicou Joni Brandão, o único que arrancou com Alejandro Valverde para a discussão da terceira etapa da Volta a Castela e Leão e, apesar de batido pelo número um mundial do ano passado, obteve o melhor resultado de sempre de um português na prova espanhola.
Ser segundo na etapa de montanha e terceiro da geral são resultados que deixam o líder da Efapel motivado. "Não tive o azar de enfrentar o Valverde, antes pelo contrário: discutir a corrida com um dos melhores do mundo deu-nos mais visibilidade. Estou satisfeito. Foi como se tivesse ganho", reconhece o natural de Travanca.
"É assumido que tenho como meta dar o salto [para o pelotão internacional], mas ainda não tive a proposta que desejaria. Não creio que seja por falta de resultados, às vezes é preciso sorte", adianta Joni Brandão. Se o sonho do WorldTour se mantém vivo, a Volta a Portugal é o objetivo imediato. Segundo classificado no ano passado, Brandão parte motivado, mesmo sabendo que o percurso provavelmente não o irá favorecer. "A Volta, nos últimos anos, tem privilegiado os contrarrelogistas. Este ano, tem-se dito que só teremos uma chegada em alto e um contrarrelógio de 35 ou 40 km. Não temos especialistas portugueses a competir cá. Se queremos uma volta diferente e com um vencedor português é necessário equilibrá-la com mais montanha. Falta montanha à Volta. É uma crítica não só minha, mas de todos os ciclistas portugueses", atira.