Joaquim Silva é o segundo melhor português, da Volta ao Algarve, na 25.ª posição, apenas atrás de Nelson Oliveira (Movistar), terceiro.
Corpo do artigo
O português Joaquim Silva assumiu este domingo que está a viver um sonho após o salto para a equipa espanhola Caja Rural, na qual espera poder ter oportunidades para lutar por corridas.
A correr a 44.ª Volta ao Algarve, Joaquim Silva, de 25 anos, admitiu à agência Lusa que "está a ser um salto espetacular" a mudança da W52-FC Porto para a equipa espanhola Caja Rural, da categoria profissional continental (segundo escalão).
"Está a ser um sonho tornado realidade e estar numa equipa como a Caja Rural é muito gratificante, por todo o meu esforço e por todo o esforço dos meus familiares e de toda a gente que me apoia e está do meu lado. Acho que é uma recompensa para todos nós", afirmou.
O início da sua experiência em Espanha "está a correr bem", com "boas pernas", como comprovou o facto de ter sido o melhor português (14.º) na subida à Foia, em Monchique, na segunda etapa da Algarvia.
"Chegar num grupo de 16 ciclistas... olha-se para a classificação e é tudo do WorldTour. Chegar no meio deles é muito bom", admitiu.
Conhecido pelo seu muito e bom trabalho para os colegas na W52-FC Porto nos últimos anos, Joaquim Silva acredita que esta não será a sua tarefa na Caja Rural.
"Acho que vou ter oportunidades aqui. Fazemos muitas corridas e nem sempre os líderes estão. Isso abre-me possibilidade para tentar a minha sorte e tentar fazer um bom lugar, como está a acontecer aqui, em que toda a equipa está à minha volta e a ajudar-me, e o resultado está em ter chegado na frente [na Foia]", afirmou.
Participar na Volta a Espanha, única "grande" para a qual a equipa espanhola foi convidada, seria para o penafidelense "um sonho dentro de outro sonho".
"Não gosto muito de pensar muito à frente. É dia a dia, mês a mês. Vou continuar a trabalhar como até aqui, com humildade, com os pés no chão e trabalhar não só para mim, mas também para a equipa, para agradecer a oportunidade que me deram para assinar este ano. Depois tudo o que vier de bom será muito bom. A Vuelta seria outro sonho tornado realidade", admitiu.
A subida de um escalão profissional obriga a que a evolução venha "obrigatoriamente".
"Corremos todo o ano, em todas as corridas temos 10 ou 11 equipa World Tour, ou 13 como aqui, ou 18. A evolução tem de vir naturalmente, porque o ritmo é outro e vai-se todo o dia a andar muito. A evolução que espero é como a da subida à Foia. Estar num grupo tão restrito, é gratificante", referiu.