Jovem de 19 anos alcançou o primeiro triunfo da carreira na Liga MEO, ao conquistar o Allianz Ericeira Pro, sendo mais um nome entre as novas gerações a despontar. Primeiro, contrariou a tradição familiar ao ir para os trampolins, mas acabou por não resistir ao surf, sagrando-se campeão de sub-12, sub-14 e sub-16. Já trabalha com o treinador de Frederico Morais.
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Ao fim de seis temporadas a participar na Liga MEO, Joaquim Chaves, de 19 anos, chegou à primeira vitória da carreira, no Allianz Ericeira Pro, virando para si as atenções no Allianz Ribeira Grande Pro, a quarta etapa do calendário que se realiza este fim de semana, nos Açores. "A vitória na Ericeira soube-me muito bem. Já vivo ali há algum tempo e fiz a final contra um dos meus melhores amigos que também lá vive [Tomás Fernandes]", partilha com O JOGO o natural da Costa da Caparica, onde aprendeu a fazer surf, deixando "ao critério de cada um" dizer de onde é local.
Chaves considera que "já podia ter feito maiores estragos na Liga MEO em 2022", mas só este ano "a mentalidade mudou e o surf começou a fluir", vivendo dias bastante felizes: esta semana estreou um filme sobre o seu percurso, iniciado na ginástica, pois "tinha muita energia". "Fui atleta do Ginásio Clube Português. Comecei aos sete anos e fiquei, mais ou menos, até aos 11. Fazia trampolins e saltos. O filme mostra como passei para o surf e como isso se tornou o meu sonho. Quero incentivar as pessoas a não desistir dos seus", explica o representante do Ericeira Surf Clube, que não conseguiu resistir à tradição familiar das pranchas, já que pais e tios praticam. "Rapidamente me apaixonei e, a meu ver, é muito mais interessante passar os dias na praia do que no pavilhão", conta, acabando por se sagrar campeão nacional de esperanças de sub-12, sub-14 e sub-16.
Totalmente dedicado ao surf desde que terminou o 12.º Ano, Chaves pretende "tirar um curso superior um dia", mas sem mencionar áreas para não se comprometer, até porque tem interesses variados. Uma das maiores paixões fora do surf é a música, ou não fosse sobrinho de Frankie Chavez, guitarrista. "Infelizmente não consigo ter tanto tempo para me dedicar à música como gostaria, mas sou fanático. Tenho umas guitarras em casa, pratico de vez em quando, mas ainda sou muito iniciante", garante.
Admirador de Frederico Morais, já trabalha alguns aspetos com o técnico de Kikas, o australiano Richard "Dog" Marsh. Em Portugal, mantém a estrutura de sempre, com David Raimundo e Nuno Telmo, da Academia Profissional de Surf, desejando acabar 2023 a apostar na Liga MEO e no Pro Junior Europeu, antes de atacar "a cem por cento" o circuito das Qualifying Series no próximo ano, para chegar às Challenger Series, que dão acesso à elite mundial.