João Sousa volta às vitórias: "É por ouvir toda a gente a gritar o meu nome, que continuo a jogar"
A fase difícil da carreira que atravessa o melhor tenista português de todos os tempos, foi ontem esquecida durante quase três horas e quem assistiu teve um reconhecimento muito emotivo.
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Quatro meses depois do último encontro ganho no circuito ATP e dois meses após ter perdido o nono consecutivo, a que se seguiu a recuperação da lesão nas costas, João Sousa superou as próprias expetativas, ao cabo do triunfo alcançado, esta segunda-feira, na abertura do Porto Open.
Os duros parciais de 6-7 (5/7), 6-4 e 6-4, e as 3h45 de duração, renderam uma saborosa vitória sobre Mattia Belucci, um esquerdino de 22 anos que ocupa o 175.º lugar no ranking e destacou-se pela violência do golpe de serviço.
Bem armado, acima de tudo mentalmente para o que desse e viesse, o Conquistador começou bem, solto, decidido, evitando que o adversário fechasse o set a servir, mas um mau arranque no tiebreak foi fatal. A confiança não baixou, a resiliência estava bem exposta e o segundo e terceiro sets foram jogados à moda antiga. Breaks cirúrgicos aos 3-2 e 5-4, respetivamente, conquistados numa subida de nível que lhe permitiu tomar conta de boa parte dos pontos, acabar em alto rendimento e agradecido a quem o apoiou no court central do Complexo de Ténis do Monte Aventino.
"É por viver momentos como este que continuo a jogar", disse numa conferência de Imprensa carregada de elogios à memorável jornada no torneio do ATP Challenger Tour. "Não estava à espera de tanto carinho", observou, "muito contente" por sentir ter superado as próprias expetativas ao "jogar a um grande nível". "Não me poupei fisicamente e competir a este nível dá-me motivação para continuar", afirmou, a propósito do estado da lesão e do futuro que não prevê o regresso definitivo, mas que abre a todos um grande apetite. Amanhã, volta ao palco onde ontem se emocionou.
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