João Sousa encara fase difícil na carreira: "Torna-se mais duro aceitar muita coisa..."
Antes de viajar para o Canadá, avaliou a O JOGO a privação de estar a competir no Challenger Tour
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Três meses após o regresso à competição, no Porto Open, recuperado de uma lesão na costas, João Sousa mantém-se agarrado à sua conhecida resiliência para tentar libertar-se das profundezas do ranking ATP. Ocupa a 274.ª posição e, sem ter os pontos necessários para disputar, em janeiro, o qualifying do Open da Austrália, a aposta na segunda divisão do circuito é o remédio.
Na manhã de quinta-feira, antes de embarcar para o Canadá, onde nas duas próximas semanas joga os Challenger de Calgary e Drummondville, o vimaranense, antecipa: “São uma boa oportunidade para jogar bem e procurar amealhar pontos para lograr esse objetivo”. ”Se não conseguir”, alerta, poderá ter de “optar por ir a Valência e à Maia acabar o ano”.
Após uma dezena de anos a viajar para os maiores eventos do calendário, não é com o mesmo brilho nos olhos que encara esta fase mais difícil da carreira.
“Ir disputar torneios não tão dotados como aqueles a que me habituei é sempre mais duro, e não se trata de qualquer falta de humildade nesta descida ao circuito secundário. Enfrentam-se condições diferentes e torna-se mais duro aceitar muita coisa”, observou, ciente ainda da dificuldade acrescida de, nos nove encontros que perdeu desde 1 de agosto, oito serem ao cabo do terceiro set. “É um dado que indica que estou com um bom nível, mas que também revela que não tenho sido feliz em muitos momentos”, adiantou, fazendo questão de deixar claro que não está obcecado pela corrida ao qualifying do primeiro Grand Slam de 2024.