Português desvalorizou os dois segundos perdidos no Morredero, explicou que o vento não permitiu mais, diz que ele e o líder estão “no mesmo barco” e até cumprimentou os bombeiros
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João Almeida negou ter estado em dificuldades no Alto del Morredero e diz que se atrasou de início em jogada tática. O português da UAE Emirates, explicando que o vento não permitiu marcar diferenças na 17.ª etapa da Volta a Espanha, ganha Giulio Pellizari, da Red Bull-Bora, desvalorizou os dois segundos perdidos na meta para Jonas Vingegaard e acha que o esforço já se sente em todos. “Estamos no mesmo barco”, ironizou.
Ficou decepcionado com este final de etapa?
"Na verdade não, estou só cansado, como toda a gente. É menos um dia para Madrid."
Esta era uma oportunidade para ganhar tempo a Jonas Vingegaard, mas não aconteceu. Pode contar como foi a subida?
"Foi bastante íngreme na primeira parte. Muito difícil. E a segunda parte estava com muito vento, por isso ninguém queria puxar. Portanto, foi uma subida complicada e chegámos quase todos juntos. No fiam, alguns têm um sprint um pouco melhor..."
No início da subida deixou abrir um espaço. Foi por falta de pernas ou apenas a seguir o seu próprio ritmo?
"Eles estavam a andar demasiado e sabia que não era um ritmo sustentável. Então, simplesmente estabeleci o meu ritmo e sabia que iria recuperar."
Pode descrever esta subida, com aqueles ventos fortes...
"Sim, estava muito vento, e sempre a mudar de direção. Era vento de frente, de lado, de trás... Era pena estar tudo tão escuro devido aos incêndios de há umas semanas. Tenho de saudar todos os bombeiros que protegeram o local e as casas."
Viu alguma fraqueza no seu rival, Jonas Vingegaard?
"Ele não estava com boa aparência. Mas eu também não. Por isso, acho que estávamos todos no mesmo barco."
A 3,5 km do final estava a falar com o Jonas. Que lhe disse?
"Foi a conversa do costume."
Disse-lhe o que ia jantar esta noite?
"Só estava a dizer que o vento era bastante forte. Apenas isso, nada de especial."