Português foi terceiro no contrarrelógio de abertura da sua quarta Volta a Itália. Em 2020, quando chocou o mundo, também abriu com pódio
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João Almeida foi terceiro no contrarrelógio de abertura da sua quarta Volta a Itália. Perdeu 29s para Remco Evenepoel (Soudal-Quick Step) e sete segundos para Filippo Ganna (Ineos), já bicampeão da especialidade. Depois de ter feito pódio na geral individual do Tirreno-Adriático (2.º) e da Catalunha (3.º), o português reapareceu um mês e meio depois depois em grande nível. Tanto que conseguiu repetir um pódio no crono de abertura do Giro que alcançara em 2020. Nessa altura pela Quick Step, na sua primeira Grande Volta, chocou o mundo e foi segundo no crono de abertura do Giro, só atrás de Ganna, abrindo caminho à rosa que conquistaria dias depois e que envergaria 15 dias. Sonhou com a conquista da prova, que finalizaria no quarto posto. Esta força no contrarrelógio, especialidade ao qual tem dedicado muita atenção e para a qual contribuíram evoluções técnicas na bicicleta, é um sinal de capacidade física para o que virá do Giro. Até porque a primeira semana tem já enorme exigência, logo com uma etapa seletiva marcada para a quarta jornada de prova. Olhando aos rivais diretos, é justo dizer que Evenepoel deu um verdadeiro bigode à oposição, mas também que Almeida vincou o estatuto para ir ao pódio: tirou 11 segundos a Tao Geoghegan Hart, o líder da Ineos, 14s a Primoz Roglic, chefe de fila da Jumbo, 15s a Jay Vine, colega de equipa que diz que quer lutar por um top-10 16s a Geraint Thomas (Ineos) e Vlasov (Bora). Damiano Caruso, da Bahrain, pódio no Giro"2021, perdeu 59s para o português, Urán, da EF, 1m06s, Thibaut Pinot, da FDJ, 1m15s.
Diga-se que Almeida tem sido regular nos contrarrelógios do Giro. Em 2020 abriu no Segundo posto, foi sexto no seguinte e quarto no desfecho dessa edição. Em 2021 voltou a arrancar a bom nível com um quarto posto, fechando essa competição em Milão com um quinto posto no ultimo crono, o que lhe value subir de oitavo a sexto. Em 2022, foi 11.º no crono em Budapeste e viria a desistir por covid-19, não se testando no exercício final em Verona.