Português pediu a Juan Ayuso para acelerar o pelotão e descolar o camisola vermelha e não se incomodou com o triunfo de Jay Vine
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“Foi bom. Aliás, foi bom outra vez. Não temos nada a perder. Estamos aqui para tentar vencer e temos sempre de tentar”, afirmou João Almeida sobre os seus ataques na décima etapa da Volta a Espanha, que levaram Torstein Traeen a perder a camisola de líder para Jonas Vingegaard no alto de El Ferial Larra Belagua.
O português continuou em terceiro da geral, mas agora a 38 segundos da liderança e a apenas 12 do segundo lugar.
Antes dos seus ataques, Almeida teve Juan Ayuso a acelerar o pelotão, na primeira vez em que o espanhol, que soube no dia de descanso ir ser dispensado pela UAE Emirates, ajudou o caldense. “Disse-lhes que me sentia bem e que tínhamos de dar tudo e endurecer a corrida. Mas a subida não era assim tão íngreme que desse para fazer a diferença. Por isso, acabei por ficar na roda e ir até ao final”, explicou Almeida.
A UAE Emirates voltou a jogar de duas formas e a lançar ciclistas na fuga para ganhar a etapa, ao invés de colocar todos ao serviço do seu líder. Jay Vine conquistou assim uma segunda etapa – e a quarta para a equipa –, e Almeida não viu problemas nisso. “Não, hoje não valia realmente a pena”, respondeu, quando lhe perguntaram se o australiano o devia ter esperado.