João Almeida, a ambição no Tour e... os Simpsons: "Gostei. Não levei a mal"
Ciclista da UAE Emirates traça metas altas, ainda que se coloque ao lado da equipa para procurar ajudar o objetivo de trazer a amarela da Volta a França
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Em 2024, João Almeida abraça a primeira ida à Volta a França e as ambições são elevadas. “Quero estar na minha melhor forma no Tour e, sabendo que está lá o Tadej Pogacar e os outros, vamos avaliar diariamente e vou fazer tudo o que possa para os ajudar também. Se puder ganhar uma etapa no Tour seria o realizar de um sonho. O pódio, então, seria fantástico”, destaca em conversa com o GCN o ciclista português, de 25 anos, pouco depois de ter cumprido o estágio coletivo em Espanha.
Tem noção de que Pogacar, Ayuso, Yates, Sivakov e Soler vão à Grand Boucle e, portanto, avisa para a necessidade de trabalharem coletivamente. “Enquanto estivermos todos com os mesmos objetivos, tudo pode correr mesmo bem. Se um não estiver, então temos um problema. São os diretores que têm de gerir. Vou fazer o meu trabalho, porque só posso controlar o que faço. Não é um problema meu o resto”, responde.
“O Tour foi a meu pedido. Queria já fazê-lo o ano passado, mas como tive covid-19 em 2022 falhei o pódio do Giro. Antes de ir para o Tour, queria o pódio no Giro. Fi-lo este ano e posso virar a página para o próximo objetivo”, detalha o natural de A-dos-Francos, prometendo: “Em todas as corridas onde estou dou o meu melhor. E, claro, se os meus colegas estiverem melhor do que eu tentarei ajudá-los.”
Reagiu ainda com humor aos memes que iam mostrando a sua resiliência. Até se tornou um personagem da mítica série dos Simpsons: “Penso que é bom. Eu gostei. Não levei a mal. É a forma como eu corro. Este ano perdi menos a roda porque me sentia mais forte. Se eu não descolo é bom sinal, significa que estou confortável com o ritmo de corrida. Sou mentalmente forte, essa é uma das minhas armas.”
Como O JOGO noticiou, Almeida vai fazer a Volta ao Algarve, a Paris-Nice, Catalunha e faz uma incursão há muito desejada nas Ardenas, com a Amstel Gold Race, Flèche Wallonne e Liège-Bastogne-Liège, rumando depois à Volta à Suíça antes do Tour e, claro, antes dos Jogos Olímpicos, que também quer fazer. “É muita competição, mas eu preciso de dias de corrida para ver como estou. Não consigo chegar ao mesmo nível de forma só com treino”, conclui.