Jerónimo Portela: "Man of the Match" num jogo coletivo até pode ser um bocado ingrato"
Declarações na zona mista após o Geórgia - Portugal (18-18), jogo do Campeonato do Mundo de râguebi França'2023, disputado no Stadium de Toulouse, em França
Corpo do artigo
Jerónimo Portela (jogador de Portugal): "Um prémio individual ["Man of the Match"] num jogo coletivo como este até pode ser um bocado ingrato. Qualquer jogador dentro de campo podia ter recebido este prémio. Os avançados fizeram um trabalho enorme, o [Raffaele] Storti marcou dois ensaios espetaculares, por isso qualquer um podia ter recebido este prémio.
Na primeira parte, entrámos um bocado a medo, não impusemos o nosso jogo que, como vimos na segunda parte, é a nossa maior força e acredito que se tivéssemos jogado assim desde o início teríamos ganho".
Raffaele Storti (jogador de Portugal): "São sentimentos mistos, porque o objetivo era ganhar e tivemos hipótese de o fazer. Estou contente por ter ajudado a equipa neste resultado histórico, que não deixa de o ser, mas pensamos já no próximo jogo. Sabe a pouco. Podíamos ter ganho, devíamos ter ganho. A primeira parte foi muito fraca, fizemos muitos erros, não conseguimos impor o nosso jogo. Depois, melhorámos na segunda parte, recuperámos os pontos, mas não foi suficiente".
Rodrigo Marta (jogador de Portugal): "Pessoalmente, sei que fiz muitos erros individuais, não consegui contribuir muito para a equipa. Mas por isso é que vem outro "lobo" atrás, que foi o Raffale Storti, que meteu dois ensaios. Já lhe dei os parabéns logo a seguir ao jogo. Acho que o prémio de "Man of the Match" podia ser entre ele o e Jerónimo Portela. Toda a equipa está de parabéns. Os avançados ajudaram muito. Na primeira parte, demos bolas fáceis ao 15 [Davit Niniashvili] e ao intervalo o Patrice [Lagisquet] disse: "ou chutam longo ou para contestar". Conseguimos mudar isso na segunda parte e só foi pena aquele ensaio no fim. O selecionador disse para sempre que tivéssemos a oportunidade de atacar, para atacar. Pegar na bola, fazer o que sabemos fazer melhor, não dar bolas fáceis. Diminuímos os erros, as penalidades e com o apoio do público, que se sentiu muito dentro de campo, conseguimos passar o marcador e depois tivemos aquele desfecho".
Mike Tadjer (jogador de Portugal): "Concordo completamente [que perdemos uma grande oportunidade de vencer a Geórgia]. Durante a primeira parte, todo o jogo, os alinhamentos não foram bons, demorámos demasiado tempo a encontrar as "chaves" dos nossos alinhamentos para ter a bola e jogar. O sentimento é de desilusão, porque podíamos ter ganho, mas estamos todos a melhorar. Portugal jogou bem, está a jogar bem no Mundial e isso é o mais importante hoje. A mentalidade mudou completamente na segunda parte. Sentimos que, após a má primeira parte, não estávamos assim tão longe no marcador e por isso era possível ganhar. O Patrice disse para pararmos de fazer pontapés parvos, cumprimos e melhorámos na segunda parte".
17071933
17071925