Antigo presidente da IAAF é suspeito de encobrir os casos de doping dos atletas russos e de pagar ao médico que dirigia o combate à utilização de substâncias proibidas.
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Lamine Diack, antigo presidente da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF), foi, esta segunda-feira, novamente constituído arguido pela justiça francesa, por suspeita de conivência com o caso de encobrimento de dopagem de atletas russos.
A agência de notícias France Presse (AFP) noticia hoje as novas acusações contra o senegalês, que terá recebido dinheiro para fechar os olhos aos casos de doping de russos que iam sendo abafados pela IAAF.
Segundo a AFP, a justiça francesa suspeita também de que Diack, 82 anos, terá pago por várias vezes 140 mil euros a Gabriel Dollé, o médico que dirigia o combate ao doping na IAAF até 2014.
Estas suspeitas levaram hoje o senegalês à secção financeira do tribunal de grande instância de Paris, acompanhado pelos seus advogados.
Diack já tinha sido inculpado em novembro por corrupção passiva e branqueamento agravado. No mesmo processo está acusado Habib Cissé, conselheiro jurídico do antigo presidente da IAAF.
A 9 de novembro, um relatório da Agência Mundial Antidopagem (AMA) acusava a Rússia de ter montado um sistema de doping organizado no atletismo. No seguimento dessas revelações, a IAAF suspendeu a Rússia e poderá mesmo bani-la das competições de atletismo, incluindo os Jogos Olímpicos do Rio de 2016.