Marca alemã de artigos de desporto Adidas pôs termo ao contrato de patrocínio à Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF).
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A marca alemã de artigos de desporto Adidas pôs termo ao contrato de patrocínio à Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) devido aos escândalos de corrupção que envolvem o filho do antigo presidente do organismo.
O acordo, avaliado em vários milhões de euros, era válido até 2019, mas termina depois do escândalo de corrupção que envolve o antigo presidente da IAAF, Lamine Diack, e outros administradores num esquema de subornos para esconder testes de doping falhados por atletas russos.
Segundo o jornal Le Monde, um dos envolvidos neste esquema de corrupção é o senegalês Para Diack Massata, filho de Lamine Diack, que prometia total proteção a atletas dopados a troco de pagamentos em dinheiro.
De acordo com a investigação do Le Monde e do canal de televisão alemão ARD, em 2011 seis atletas russos pagaram entre 300.000 e 700.000 euros cada, para evitarem ser suspensos e falharem a presença nos Jogos Olímpicos Londres2012, numa lista que poderá englobar um total de 23 atletas.
"Os dois lados do acordo decidiram por acordo mútuo terminar o patrocínio no final do ano de 2016", disse hoje um porta-voz da Adidas, enquanto uma nota da associação destaca o "apoio duradouro da Adidas ao atletismo e a parceria próxima com a IAAF" e remete o anúncio do novo patrocinador para breve.
Em janeiro deste ano, foi reportado que a empresa alemã estava a procurar abandonar o patrocínio, mas o atual presidente do organismo, Sebastian Coe, tentou persuadir a marca a manter o contrato.
Em fevereiro, a Nestlé já tinha cancelado o acordo para apoio ao atletismo infantil que mantinha com a IAAF pela "publicidade negativa" em torno do organismo.
O antigo presidente da associação está sob prisão domiciliária em França, onde aguarda julgamento por corrupção, enquanto o filho é também procurado pelas autoridades francesas.