HC Maia queixa-se de falta de espaço, Câmara garante que "tem vindo a redistribuir tempos"
Maiatos queixam-se de falta de condições para poder continuar a sua atividade normal e dizem que isso já teve impacto negativo nas equipas jovens.
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O HC Maia, que este ano cumpre sete anos de existência, debate-se com um problema de falta de horários no único pavilhão da cidade preparado para a prática do hóquei em patins, o Pavilhão Municipal Nortecoope, uma vez que é obrigado a dividir os horários com outros clubes/modalidades. Por esse motivo, teve de abdicar do escalão sub-17, não podendo ter ainda sub-19 nem sub-23, o que interrompe a formação e tem levado muitos jovens a sair do clube. Daniel Miranda, fundador e presidente do emblema maiato, refere que " aguarda por uma reunião com o Presidente da Câmara, a fim de se encontrar uma solução".
"Esta situação não permite que o clube se desenvolva", afirma Daniel Miranda, recordando que "de todos pavilhões da Maia, só o da Nortecoope tem condições para o hóquei em patins", enquanto as outras modalidades, de outros clubes, podem ser praticados nos restantes 17 pavilhões e não entende porque não é encontrada uma solução: "Pese embora sermos o único clube de hóquei em patins do concelho e de com pouco fazermos muito, em termos de palmarés desportivo, sinto que o clube e esta modalidade que é rainha, não merecem o devido apoio e atenção".
O dirigente teme continuar a perder atletas, como tem acontecido: "Alguns deixaram o hóquei, porque não têm dinheiro para ir para outros sítios, e outros mudaram de clube." O HC Maia tem mais de 150 atletas, 400 sócios. O crescimento foi interrompido por este impasse que, também, originou a transferência de alguns dos melhores jovens para clubes de outros concelhos.
"Gostávamos que a câmara se sentasse connosco e nos ajudasse a resolver o problema, porque nós formamos atletas e pessoas", apela o dirigente.
Contactado pelo nosso jornal, Paulo Queirós, Chefe de Divisão de Fomento Desportivo e Juventude da Câmara Municipal da Maia, afirma que "a maior parte dos clubes maiatos que utilizam equipamentos municipais queixam-se igualmente da falta de espaços desportivos para todos os seus escalões", referindo depois que a Câmara tem vindo a redistribuir os horários.
"A Câmara Municipal tem, por todos os meios ao seu alcance, vindo a redistribuir tempos, conforme ocorreu, em exclusivo e em particular com o Hóquei Clube da Maia, anteriormente, no Pavilhão Municipal da Nortecoope 11, melhorando, significativamente o acesso a treinos para escalões de formação, permitindo assim o seu crescimento", acrescentou Paulo Queirós, concluindo de seguida:
"Compreendemos que o crescimento dos clubes é uma realidade, não só no hóquei como em todas as outras modalidades. Contudo, a Câmara Municipal disponibiliza os seus equipamentos desportivos e apoia os projetos desportivos de acordo com as disponibilidades existentes, cumprindo, integralmente, o acordado com as direções das associações e coletividades nas cedências efetuadas, cabendo também a elas, uma melhor gestão interna nos tempos atribuídos."