Piloto da Mercedes também se queixou do calendário da Fórmula 1, lamentando a falta de "pausas de verdade"
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Numa altura em que várias figuras do futebol, apoiadas pelo seu sindicato mundial, se ressurgiram contra o adensamento do calendário desportivo, Lewis Hamilton também lançou um desabafo sobre o mesmo tema em relação à Fórmula 1, lamentando a falta de “pausas de verdade” ao longo de um ano de corridas.
Em entrevista à Esquire, o piloto britânico, que vai trocar a Mercedes pela Ferrari em 2025, admitiu que está a precisar de um verdadeiro período de descanso, dizendo que as pausas atuais, como a que decorre atualmente, não são suficientes para os corredores recarregarem energias.
“Há dias em que gostaria de fazer uma pausa, uma pausa de verdade, porque não tens uma pausa realmente grande durante a temporada, como em outros desportos. Não terminas até meados ou finais de dezembro e depois voltas a treinar em janeiro, duas vezes por dia. Há outro par de horas de terapia que também se faz durante esse tempo, pelo que não tens muito tempo livre. E a partir de fevereiro, estás a correr até dezembro”, detalhou.
Noutro tópico, o campeão mundial de F1 em sete ocasiões foi questionado sobre se, aos 39 anos, vislumbra um eventual final de carreira, com Hamilton a assegurar que não pretende adiar esse momento até uma altura em que já não tenha as mesmas capacidades de competir.
“Quero chegar ao máximo enquanto possa e desfrutar plenamente deste desporto, que pratiquei toda a minha vida. Há muita gente que terminou a sua carreira antes do tempo, eu falei com muitos que me disseram: ‘Oxalá pudesse ter feito mais um ou dois anos’. E dizem-me: ‘Fica todo o tempo que puderes!’. Mas eu não quero fazê-lo se não for bom”, apontou.
“Tenho mentalmente um plano de até onde gostaria de chegar. Haverá um momento em que já não me dedique a isto e deixe de estar apaixonado? Esse é um momento que espero que nunca chegue, no sentido de que me desapaixonei, mas saberei quando terei de deixá-lo”, completou.