Mattias Skjelmose é um nome a apontar para a Volta a França. Vitória da Volta a Suíça tem selo de qualidade
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Mattias Skjelmose ganhou a Volta a Suíça e sai lançado para a Volta a França como concorrente de peso a espreitar um top-10 no Tour. Quem sabe sonhar um pouco mais alto. É, portanto, de se dizer que há outro dinamarquês na corrida pelos lugares de destaque em França, onde o ano passado Jonas Vingegaard se sagrou campeão pela Jumbo-Visma.
O corredor de 22 anos, natural de Copenhaga, fez uma prova sublime na corrida que serve de preparação para o Tour e foi terceiro no contrarrelógio final, a apenas 9 segundos do vencedor Juan Ayuso, da UAE Emirates. Podia perder 18s no esforço individual e não tremeu na hora da verdade, depois de ter sido dos melhores na montanha.
Ganhou a etapa 3, deixando Ayuso e Evenepoel (Quick Step) a pé no final da subida, seguiu a roda do belga no dia seguinte e na quinta etapa ainda sprintou para colher bonificações do segundo lugar e assumir a liderança da corrida, mesmo perante a força avassaladora de Ayuso, catalão que está recuperado da lesão no Tendão de Aquiles e promete ser um caso sério na próxima Volta a Espanha, isto caso a equipa não o chame de urgência a França para ladear Tadej Pogacar.
Mas este domingo foi dia de Skjelmose, que já ganhara a Volta ao Luxemburgo em 2022, e que já fizera pódio na Dinamarca e no Tour de L"Ain. O segundo da última Flèche Wallonne está a dar passos notórios para ser voltista e é uma das maiores promessas para o Tour e tem o benefício de na Trek-Segafredo não existir um candidato tão forte para as montanhas, jogando, fundamentalmente, para as etapas com Mads Pedersen, ex-campeão do mundo, e Giulio Ciccone, que foi 11.º no Critério do Dauphiné e ganhou uma tirada. O italiano tem mais experiência e tem também tido resultados importantes nas provas de uma semana: foi sétimo na Catalunha, quinto no Tirreno-Adriático e segundo na Comunidade Valenciana.